sábado, 31 de dezembro de 2016

Especialistas ouvidos pelo G1 avaliam que, além de ter de conter a crise econômica, o presidente terá de contornar no ano que vem a delação da Odebrecht, o processo no TSE e a baixa popularidade.

O presidente Michel Temer, com cabelos ao vento, durante entrevista coletiva realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quinta (22). Ele disse que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer caso a chapa Dilma-Temer seja caçada pelo TSE (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)O presidente Michel Temer, com cabelos ao vento, durante entrevista coletiva realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quinta (22). Ele disse que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer caso a chapa Dilma-Temer seja caçada pelo TSE (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O presidente Michel Temer, com cabelos ao vento, durante entrevista coletiva realizada no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quinta (22). Ele disse que não cogita renunciar ao cargo e que vai recorrer caso a chapa Dilma-Temer seja caçada pelo TSE (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Em seu segundo ano no comando do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer terá o desafio de driblar, em 2017, uma série de obstáculos políticos para manter a governabilidade e ter força no Congresso Nacional para aprovar reformas como a previdenciária e a trabalhista, avaliam analistas ouvidos pelo G1.
O peemedebista, que assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff, vira o ano com um cenário político nebuloso.
No horizonte do presidente da República, há preocupações com os imprevisíveis desdobramentos das delações premiadas dos executivos da Odebrecht, com o processo em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar o mandato dele e com os baixíssimos índices de popularidade que ele tem registrado nos últimos meses.
Temer foi citado no pré-acordo de delação premiada do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Segundo o ex-dirigente da empreiteira, o presidente pediu, em 2014, R$ 10 milhões para campanhas do PMDB. Os fatos são investigados pela Operação Lava Jato.
Além disso, o TSE apura se a chapa formada por Dilma Rousseff e Temer para a eleição presidencial de 2014 cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou do esquema de corrupção que atuou na Petrobras. Se o tribunal concluir que sim, Temer poderá ser afastado da Presidência.
Segundo pesquisa Ibope, Temer tem aprovação de 13% dos entrevistados. De acordo com o instituto Datafolha, apenas 10% dos entrevistados avaliam como ótima ou boa a gestão do peemedebista.
Em meio a este ambiente político em crise é que o governo buscará aprovar no Congresso Nacional, ao longo de 2017, as propostas de reforma previdenciária, com idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar, e trabalhista, com 12 pontos que poderão ser negociados entre patrões e empregados e, em caso de acordo, passarão a ter força de lei.
Para o professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, na medida em que saírem os conteúdos das delações da Odebrecht, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário do Programa de Parcerias para Investimentos (PPI), Moreira Franco, dois dos principais conselheiros de Temer, poderão deixar o governo (os dois também são citados).
"Padilha e Moreira Franco podem cair no ano que vem com as delações. Isso vai reforçar a necessidade de uma reforma ministerial", diz Fleischer.
Na avaliação do cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Sérgio Praça, o agravamento da crise política e da impopularidade de Temer deverão resultar em impacto negativo ainda maior para o governo, superior até ao desgaste causado pela demora na recuperação econômica.
Para Praça, apesar da expectativa da retomada do crescimento, o mercado ainda não se recuperou da crise e voltará a investir no país em ritmo mais lento do que o esperado pelo Ministério da Fazenda.
"A economia obviamente não está bem, mas a crise política consegue ser pior. Com as medidas adotadas, a crise econômica fica um pouco mais difícil de o cidadão enxergar no seu dia a dia. Só que com a turbulência causada pelas delações, os índices de popularidade devem cair ainda mais", diz o cientista.
"Governo Temer não tem onde se segurar", diz Lo Prete

Delações

Além de Cláudio Melo Filho, outros 76 executivos e ex-executivos da Odebrecht fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ex-diretor da empreiteira, Melo Filho citou, ao todo, 51 políticos de 11 partidos, entre os quais Temer e os principais assessores do presidente.
Um dos citados, o advogado e amigo de Temer José Yunes, que despachava do Palácio do Planalto, pediu demissão do cargo de assessor especial da Presidência em 14 de dezembro.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) os acordos de delação dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht e, a partir de fevereiro, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, decidirá se homologa ou não os acordos.
Para Sérgio Praça, a tendência é que ocorram demissões no primeiro escalão do governo e no núcleo mais próximo a Temer quando o conteúdo das delações da Odebrecht vier a público.
"Acho que o Temer está pensando mais na própria sobrevivência."
"Acho que o Temer está pensando mais na própria sobrevivência. O negócio é que, no momento em que Padilha e Moreira Franco saírem, o Temer sai. O governo é o PMDB, não é o Temer", diz.
O especialista avalia também que "falta hierarquia" entre os ocupantes do Palácio do Planalto em razão da proximidade entre Temer e alguns de seus ministros.
"Não há relação de hierarquia entre Temer e os ministros. Todos estão na mesma estatura e por acaso têm o Temer como presidente após o impeachment. É muito mais esquisito, tendo essa configuração, que o Temer sobreviva. Ele não é o chefe. Acho que mesmo que ocorram demissões, não vai adiantar muito", afirma.
"Não há relação de hierarquia entre o Temer e os ministros. Todos estão na mesma estatura e por acaso têm o Temer como presidente após o impeachment."
Para o cientista político e professor do Insper, Fernando Schüler, se algum ministro estiver envolvido em novos escândalos, o governo deverá agir "rápido" e não repetir a reação no caso do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, que pediu demissão somente uma semana após a deflagração da crise política motivada pela denúncia do então ministro da Cultura, Marcelo Calero.
"O governo não soube agir e o Geddel não colaborou com o presidente. Ele deveria ter saído logo e assumido a responsabilidade, mas deixou que o governo sangrasse. Isso não aconteceria com o Padilha."
RIO DE JANEIRO

Policial confessa ter matado embaixador grego; Justiça decreta prisão de envolvidos

Informação foi repassada pelo delegado Evaristo Pontes Magalhães. Envolvidos do assassinato do embaixador estão detidos em uma delegacia de Belfort Roxo
Publicado em 30/12/2016, às 20h31
O corpo de Amiridis foi encontrado carbonizado dentro de um veículo incendiado no fim da tarde dessa quinta-feira (29) / Foto: Reprodução/Facebook
O corpo de Amiridis foi encontrado carbonizado dentro de um veículo incendiado no fim da tarde dessa quinta-feira (29)
Foto: Reprodução/Facebook
JC Online

O policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, de 29 anos,confessou ter matado o embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis. A informação foi repassada, durante entrevista coletiva, pelo delegado da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense) Evaristo Pontes Magalhães. Ainda de acordo com o delegado, todos os envolvidos no crime já tiveram suas prisões preventivas drecretadas pela Justiça.
Françoise Amiridis, esposa do diplomata, Sergio Gomes Moreira Filho e seu primo, Eduardo Moreira de Melo, que teria ajudado o policial militar a se livrar do corpo de Kyriakos, são suspeitos de envolvimento no crime. Os três estão sendo mantidos na DHBF em Belfort Roxo, município localizado a cerca de 40 km do Rio de Janeiro.
Durante depoimento, Eduardo afirmou que Françoise não teria participado do assassinato do seu marido, mas que teria encomendado o crime por R$ 80 mil "caso tudo desse certo".
Para a Polícia Civil, o crime teve motivação passional. Sergio e Françoise afirmaram manter uma relação extraconjugal, desconhecida pelo embaixador. Segundo os investigadores, a esposa afirmou, em depoimento, que era agredida regularmente por Amaridis. A última agressão teria ocorrido na semana passada, quando o casal, juntamente com a filha, chegaram a Nova Iguaçu.  

Desaparecimento

O diplomata grego foi visto pela última vez segunda-feira (26), quando saiu da casa da família de sua esposa, que é brasileira, no município de Nova Iguaçu. O corpo de Amiridis foi encontrado carbonizado dentro de um veículo incendiado no fim da tarde dessa quinta-feira (29).
O embaixador morava em Brasília e passava férias no Rio de Janeiro, onde foi cônsul-geral de 2001 a 2004. No imóvel onde o casal estava hospedado, no Rio de Janeiro, a polícia encontrou manchas de sangue em um sofá, que foi retirado para a realização de uma perícia.
Segundo o Portal G1, a própria viúva do embaixador teria comunicado às autoridades o desaparecimento de Kyriakos. Os dois viviam juntos há 15 anos e tinham uma filha de 10.
PALAVRAS-CHAVE

SEM ADVERSÁRIO : Fabrício Brito (PSB) será presidente da Câmara de Vereadores de Surubim, por aclamação


O vereador Fabrício Brito (PSB) será eleito por aclamação para o quinto mandato de presidente da Câmara de Surubim, neste primeiro de janeiro, quando tomam posse os treze vereadores da legislatura 2017-2020.

Apesar do recesso, a Câmara funcionou em plantão para possível registro de chapa concorrente, mas apenas uma chapa foi inscrita para a disputa.

Com perfil discreto, Fabrício Brito articulou apoios importantes e garantiu a vitória numérica.   Candidato da prefeita Ana Célia Cabral (PSB),  tem voto de todos os vereadores da base governista:

PARCERIA: o empresário gera dezenas de empregos diretos, o que fortalece a imagem do político. Fabrício Brito é o candidato da prefeita Ana Célia.

Luciano Medeiros - Bomba (PSD), Véia de Aprígio (PSB), Fred Lafayete (PSD), Itamar Lira (PR), Nailton do Jucá (PSB) e Marco de Biu Machado (PSB).

Mesmo com a eleição assegurada por sete dos treze votos, político conciliador e com bom trâmite com os demais eleitos, articulou também votos da oposição.

Conquistou o respaldo dos colegas por conduzir a Casa Euclides Mota com independência e, sobretudo, por tratar todos os vereadores com igualdade, independente de partido ou lado.


A postura acabou fortalecendo o elo entre o presidente e os parlamentares, e a recíproca tornou-se verdadeira. Sem arestas com os colegas de Casa, soma apoios:

Líder das gestões petistas, o vereador dr. Vavá, deixou o PT e se filiou ao PDT, mas segue votando no 'amigo Fabrício' para Presidência.

Do mesmo palanque, o estreante Geraldo Lira (PTB) não só vota nele, como foi escolhido fazer parte da Mesa Diretora.

Mais votada pela oposição, Ivete do Sindicato (PT) , foi inclusive convidada para encabeçar uma chapa oposicionista mas recusou. Com aval do sindicato, vota no empresário.

Eleita pelo PTB, a vereadora Bana já declarou o voto ao ex-colega de Casa.

Como o PDT, após algumas reuniões, liberou o voto seus três parlamentares eleitos, os vereadores Anabel Medeiros e Micherlan do Mimoso tendem a seguir o colega de legenda, e votar em bloco para externar a união do PDT e do Legislativo.

GESTÃO DIFERENCIADA: como presidente, acolheu projetos da sociedade civil, a exemplo do 'Café com Poesia', proposto pela Associação de Letras e Artes de Surubim - Alas. 

Com isso, não será surpresa se o vereador presidir a Casa Euclides Mota, pelos próximos dois anos, legitimado pelos colegas das duas bancadas, e com até com o placar de 13 a zero.

Da Redação.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Suspeitos de assaltar 

Correios de Moreno 

são fugitivos de presídios

Homens foram presos após fugir de blitz da Polícia Militar. Após perseguição e troca de tiros, dois homens foram presos.

Dinheiro, armas e celulares roubados foram recuperados pela polícia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)Dinheiro, armas e celulares roubados foram recuperados pela polícia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Dinheiro, armas e celulares roubados foram recuperados pela polícia (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Os dois homens presos suspeitos de assaltar os Correios da cidade de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, são fugitivos do sistema penitenciário pernambucano e tinham mandados de prisão em aberto devido a essas fugas. A informação foi repassada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (28).
Um dos suspeitos, de 40 anos, já havia sido preso por assalto e homicídios, sendo condenado a mais de 50 anos. O outro, de 38 anos, foi preso anteriormente por assalto e porte ilegal de arma, sendo condenado a 12 anos – mas já tinha fugido duas vezes do sistema penitenciário pernambucano.
A prisão dos dois suspeitos aconteceu na terça-feira (29), logo após o assalto. A Polícia Militar fazia uma blitz de rotina na Avenida General Manoel Rabelo, em Jaboatão, no Grande Recife, quando viram o veículo utilizado pelos suspeitos. O motorista chegou a diminuir a velocidade, mas acelerou e começou a fuga quando pediram para que parasse.
De acordo com a PM, três homens estavam no veículo, que foi roubado do gerente dos Correios de Moreno. Os policiais seguiram o veículo e conseguiram interceptá-lo em Dois Carneiros, após os suspeitos efetuarem vários disparos de arma de fogo contra o efetivo policial, que revidou.
O trio abandonou o carro no Alto Dois Carneiros. Um deles se entregou à polícia, enquanto os outros dois tentaram fugir correndo. Segundo a PF, um dos suspeitos caiu e acabou sendo preso – com ele, foi apreendido um revólver calibre 38 com 6 munições não deflagradas. O terceiro conseguiu fugir.


Dentro do carro roubado, foram encontrado um malote de dinheiro com R$ 2.905, R$ 420 em títulos de capitalização, um aparelho de circuito interno de gravação de câmeras, um revólver calibre 38 com cinco munições intactas que foi tomado do vigilante da agência e 15 aparelhos celulares roubados dos clientes e funcionários.
28/12/2016 11h27 - Atualizado em 28/12/2016 12h04

Três são presos por sonegação fiscal e 




associação criminosa em Petrolina


'Operação Oásis' foi deflagrada nesta quarta-feira (28). 
Grupo ainda é suspeito de estelionato e falsidade ideológica.

Taisa AlencarDo G1 Petrolina
Delegado Salustiano Albuquerque apresentou balanço parcial da Operação Oásis (Foto: Taisa Alencar / G1)Delegado Salustiano Albuquerque apresentou balanço parcial da 'Operação Oásis' (Foto: Taisa Alencar / G1)
Três pessoas foram presas, nesta quarta-feira (28), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, suspeitos de envolvimento em associação criminosa, sonegação fiscal, crimes de estelionato e falsidade ideológica. A ação faz parte da 'Operação Oásis', deflagrada na manhã desta quarta (28) pela Polícia Civil (PC). Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.
De acordo com o delegado Salustiano Albuquerque, o trabalho de investigação começou em junho de 2016. Participam da operação 126 policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães e 16 auditores fiscais da Secretaria da Fazenda Estadual.
 
“As investigações duraram seis meses, realizada pela Delegacia de crimes contra a Ordem Tributária, sob o combando do delegado Germano Cunha. O objetivo era apurar a participação de cada um dos integrantes dessa associação criminosa, que atuava principalmente em Petrolina, mas também em Juazeiro, visando a sonegação fiscal”, explicou o delegado Salustiano Albuquerque.
Além dos três mandados de prisão preventiva, a polícia cumpre também 14 mandados de busca e apreensão domiciliar. Os alvos presos foram encaminhados para a sede da 26ª Delegacia de Polícia Civil, em Petrolina. O nome dos presos e demais detalhes da investigação serão apresentados nesta quinta-feira (29), no Recife, capital pernambucana.


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28/12/2016 18h36 - Atualizado em 28/12/2016 18h45

Governador de Pernambuco anuncia



 concurso para 1500 policiais em 2017


Paulo Câmara concedeu entrevista e falou sobre áreas delicadas no Estado.
Temas como abastecimento, malha viária e política foram respondidas.

Do G1 Caruaru
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), recebeu a equipe do G1 no Palácio do Campo das Princesas nesta terça-feira (27). O socialista respondeu sobre segurança pública, abastecimento de água, BR 104 e a situação da polícia no Estado.

O governador garantiu que vai deixar o Batalhão Exclusivo para Caruaru e que em breve um novo concurso vai colocar mais 1500 homens nas ruas. "Com esse reforço vamos melhorar a situação de insegurança e os crimes que estão relacionados ao tráfico de drogas", disse.
O socialista disse ainda que vai entregar a obra do sistema Pirangi para melhorar a situação do abastecimento de água em Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. "Até o fim de janeiro vamos entregar essa obra para que possamos amenizar a situação em Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe", pontuou.
O governador garantiu ainda que o apoio a Tony Gel (PMDB) na eleição Segundo Turno em Caruaru, não inviabiliza a relação com a prefeita eleita Raquel Lyra (PSDB) e garantiu que o palanque foi desfeito. "Já conversei com a prefeita eleita e disse a ela que o governo ficará a disposição, não apenas de Caruaru, mas dos 184 municípios de Pernambuco", disse.