sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Em PE, 400 detentos vão ganhar o direito de passar o Natal em casa

De acordo com a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco (Seres), serão beneficiados presidiários do regime semiaberto e monitorados por tornozeleiras.

Detentos monitorados terão benefício em Pernambuco (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Detentos monitorados terão benefício em Pernambuco (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Detentos monitorados terão benefício em Pernambuco (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
A Secretaria de Ressocialização de Pernambuco (Seres) informou, nesta quinta-feira (15), que 400 detentos que cumprem pena no regime semiaberto em unidades carcerárias do estado terão direito a passar o Natal em casa. Serão contemplados com a saída temporária os presidiários que cometeram crimes de menor potencial ofensivo e os monitorados por tornozeleira eletrônica.
Os detentos contemplados poderão ficar fora das unidades prisionais entre os dias 21 e 28 deste mês. O benefício é concedido pelo juiz de execução penal e faz parte do calendário anual do salvo-conduto temporário. Fazem parte da lista apenados no Grande Recife e do interior, de acordo com a Seres.
O juiz da vara de Execuções Penais de Pernambuco, Marcellus Ugiette, explicou que, por lei, cada detento do regime semiaberto tem direito a passar 35 dias fora da unidade carcerária. Em Pernambuco, são cinco saídas temporárias anuais. Em cada uma delas, o presidiário ganha uma semana em casa.
Para ele, a saída temporária é um direito assegurado pela Lei de Execuções Penais (LEP). E a norma não pode ser descumprida por causa das dificuldades enfrentadas pelos governos para ressocializar os apenados nas unidades. “O estado tem que garantir condições de o preso se preparar para sair da unidade e não voltar a praticar delitos”, observou.

Acidentes deixam oito pessoas feridas na Rodovia BR-232

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um caminhão e um veículo bateram por volta das 7h30 desta quinta (15). Em seguida, houve mais colisões.

Acidente na BR-232 ocorreu no início da manhã desta quinta (15) (Foto: G1 PE)Acidente na BR-232 ocorreu no início da manhã desta quinta (15) (Foto: G1 PE)
Acidente na BR-232 ocorreu no início da manhã desta quinta (15) (Foto: G1 PE)
Um acidente entre um caminhão e um veículo de passeio deixou cinco pessoas feridas, na manhã desta quinta-feira (15), na Rodovia BR-232, na descida da Serra das Russas, no limite entre Gravatá, no Agrete de Pernambuco, e Pombos, na Zona da Mata do estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por causa da colisão traseira, outras batidas foram registrados na região. Mais três pessoas sofreram ferimentos.
A PRF informou que a primeira batida ocorreu numa curva em declive, perto da última lombada da Serra das Russas. A colisão aconteceu por volta das 7h30, no quilômetro 67 da rodovia.
O carro capotou. Quatro pessoas estavam no veículo de passeio. Dois adultos e duas crianças. Os maiores ficaram presos às ferragens. E os menores foram encontrados fora do veículo acidentado, à margem da rodovia.
As crianças foram amparadas por pessoas que passavam pela estrada. O condutor do caminhão também teve ferimentos. Ele ficou preso às ferragens da cabine. A PRF e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados para socorrer as vítimas. Todas seguiram para hospitais da área.

Justiça de PE determina bloqueio de contas de associações de PMs

A pedido do governo do estado, o Judiciário determinou o bloqueio de R$ 100 mil de quatro entidades. É mais uma medida tomada contra a operação-padrão.

Policiais e bombeiros militares fizeram ato em frente ao Palácio do Campos das Princesas, no Recife. No local, afirmaram que não há greve, mas que vão manter operação padrão (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Policiais e bombeiros militares fizeram ato em frente ao Palácio do Campos das Princesas, no Recife. No local, afirmaram que não há greve, mas que vão manter operação padrão (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Policiais e bombeiros militares fizeram ato em frente ao Palácio do Campos das Princesas, no Recife. No local, afirmaram que não há greve, mas que vão manter operação padrão (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
A pedido do governo de Pernambuco, a Justiça estadual determinou, na noite de quinta-feira (15), o bloqueio de R$ 100 mil das contas bancárias das entidades que representam os policiais militares e bombeiros. O valor está sendo cobrado por causa de descumprimento de decisão judicial. Na sexta-feira (9), as categorias promoveram reunião no Derby, na área central do Recife, o que tinha sido proibido pelo Judiciário.
Estão na lista de entidade atingidas a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS), a Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra-PE), a Associação de Bombeiros Militares de Pernambuco (ABM-PE) e a Associação dos Militares Estaduais (AME). As entidades estão realizando operação-padrão e reduziram o número de policiais nas ruas.
De acordo com a decisão do desembargador José Fernandes Lemos, a medida é necessária para combater o descumprimento de ordens judiciais. “A recalcitrância do réu reclama providências tendentes a assegurar a força da decisão que lhe foi endereçada, porém ignorada, sendo cabível o bloqueio judicial requerido pelo autor de modo a combater o descumprimento de ordens judiciais, que representa um verdadeiro atentado ao Estado de Direito”, escreveu.
O bloqueio das contas foi mais uma ação do governo para desmobilizar as associações de PMs e bombeiros. Desde terça-feira (6), as categorias estão mobilizadas para exigir reajuste salarial e chegaram a entregar os cargos de jornada extra.


Forças Armadas
Enquanto o governo e as associações de PMs estão nesse impasse, as Forças Armadas estão atuando em Pernambuco. São 3.500 homens mobilizados na Operação ‘ Leão do Norte’, que vai até segunda-feira (19).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem

PMs que não cumprirem jornada extra poderão ser presos

Publicado por Amanda Miranda em Notícias às 21:34
Diante do clima de insegurança, o governo Paulo Câmara (PSB) anunciou na noite desta quinta-feira (14) duas medidas para levar os policiais militares de volta às ruas. A primeira, já divulgada, foi interromper as férias desses profissionais. Agora, reforçou através de um boletim que poderá punir os PMs que não cumprirem o Programa de Jornadas Extras (PJEs) com medidas que podem chegar à prisão. Na prática, sufoca a operação padrão que os policiais iniciaram na última sexta-feira (9).
A determinação assinada esta noite pelo comandante geral, Carlos D’Albuquerque, após uma reunião com a cúpula da Secretaria de Defesa Social (SDS), argumenta que, embora o programa de jornadas extras seja opcional, os PMs que já aderiram ao programa passam “a estar na condição de cumprir compulsoriamente o serviço”. A gestão estadual não informou ainda qual é o impacto das medidas.
O documento afirma que os policiais que não cumprirem a ordem poderão estar violando quatro artigos do Código Disciplinar dos Militares do Estado de Pernambuco, que está na lei 11.817/2000: o 81, que pune com prisão de 11 a 20 dias os que desobedecerem, por negligência, ordens legais recebidas; o 84, prevendo prisão de 21 a 30 dias as faltas; o 85, com a mesma penalidade para abandono de serviço; e o 139, também com essa medida para quem deixa de cumprir as normas regulamentares.
Para pressionar o governo por um plano de cargos e carreiras para a categoria como foi feito para os policiais civis no mês passado, os PMs decidiram, desde o último dia 9, não cumprir o PJEs, reduzindo o efetivo nas ruas. A medida vale até a próxima rodada de negociação, marcada para o dia 4 de janeiro. Com menos PMs nas ruas, Paulo Câmara pediu ao presidente Michel Temer (PMDB) o apoio das Forças Armadas para a segurança, mas os 3,5 mil homens do Exército só ficam no Estado até a próxima segunda-feira (19).
O plano de cargos e carreiras sugerido pelos PMs propõe o aumento dos soldados, que hoje recebem R$ 2.319,89, para R$ 4.497,84, valor aproximado ao piso da categoria em Sergipe. Os coronéis, que hoje recebem R$ 13.160,95, passariam a ter um salário de R$ 22.498,82.
O presidente e o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Alberisson Carlos e Nadelson Leite, foram presos no dia em que a operação padrão foi iniciada, durante a assembleia que determinou a medida. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a pedido do Governo de Pernambuco, havia proibido as associações militares do estado de realizar reuniões para deliberar sobre greves. Os dois foram soltos no dia seguinte e criticaram a gestão estadual.
documento2