Terceiro assalto em uma semana foi registrado na Rua 7 de Setembro (Foto: Google Imagens/Reprodução)
Do CORREIO DO AGRESTE
charlesnasci@yahoo.com.br Em um período de sete dias, três estabelecimentos comerciais foram assaltados em locais de grande movimentação de pessoas em Surubim. A última ocorrência foi registrada na manhã desta quarta-feira (19), na Ótica Kamyla, localizada na Rua 7 de Setembro, no Centro da cidade. Funcionários da loja, comunicaram à Polícia Militar, que os bandidos chegaram armados de revólver e levaram óculos armações, celulares e uma quantia em dinheiro não informada. Você também viu? POLÍCIA: Assaltantes roubam dinheiro e mercadorias de lojas em Surubim
Na tarde da terça-feira (18), a loja Millena Móveis e Eletro na Avenida Agamenon Magalhães também foi alvo de bandidos. Os ladrões roubaram 11 aparelhos celulares e dois tablets. A mercadoria foi avaliada em R$ 9 mil. Já na quinta-feira (13), a ação criminosa aconteceu na loja Surubim Têxtil, na Avenida São Sebastião, de onde foram roubados dois aparelhos celulares e R$ 800.
Defesa adia habeas corpus, e Cunha passa fim de semana preso no PR
O ex-deputado Eduardo Cunha é levado ao IML de Curitiba para realizar exame de corpo de delito nessa quinta-feira (20), em Curitiba
A defesa do ex-advogado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu deixar para a próxima segunda-feira (21) a apresentação de um pedido de habeas corpus à Justiça para liberação do peemedebista. Com isso, Cunha passa o final de semana preso na custódia da Polícia Federal em Curitiba, onde está desde a última quarta-feira (19). O pedido será apresentado ao TRF-4 (Tribunal Regional da 4ª Região), em Porto Alegre.
"Ainda estamos analisando a decisão [da prisão], que é de um processo que já estava em trâmite no STF [Supremo Tribunal Federal]. Já tinha a denúncia recebida, então, é preciso analisar com muita cautela, inclusive, a questão de competência. Essa é a principal linha da defesa ", declarou o advogado Marlus Arns de Oliveira, em entrevista coletiva nessa quinta-feira (20).
Na ocasião, Arns havia dito à imprensa, na sede da Polícia Federa em Curitiba, que apresentaria o pedido no mesmo dia, ou, no máximo, até esta sexta-feira (21). No início da noite, porém, a assessoria dele informou que o pedido só seria apresentado na segunda porque a peça, feita em conjunto com outro escritório, depende de um posicionamento dos outros advogados.
O processo que está com Moro --que apura se o peemedebista recebeu propina relacionada à compra pela Petrobras de um campo de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011-- foi aberto inicialmente pelo STF em junho passado.
Cunha é defendido pelos advogados de três escritórios diferentes: em Curitiba, no Rio e em Brasília. O pedido será apresentado pelo escritório de Arns, da capital paranaense, o mesmo que defende a mulher do ex-parlamentar, Claudia Cruz, em parte dos processos em que ela é ré também na operação Lava Jato.
Cláudia saiu acompanhada de Arns, que, ontem, disse na sede da PF, aos jornalistas, que nenhum parente de Cunha o visitaria em Curitiba a fim de poupá-los --o preso e os familiares --de desgaste com eventuais protestos. Na ocasião, Arns justificou que "os ânimos na sociedade estavam exaltados".
A jornalista saiu sem falar com a imprensa. De roupa preta, óculos escuros e cabelos tingidos em um tom mais escuro, usando um coque, passou incólume pela recepção e pela entrada da PF, sem ser identificada por populares.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
20/10/2016 17h01 - Atualizado em 20/10/2016 17h37
Policiais civis de PE decidem entrar em
greve a partir da meia-noite
Em assembleia, categoria resolveu que 30% do efetivo manterão atividades. Policiais reivindicam Plano de Cargos e Carreira e fizeram protesto no Centro.
Policiais civis vão realizar apenas flagrante delito e local de crime durante a greve (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Policiais civis de Pernambuco decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da meia-noite da quinta (20) para a sexta (21). Segundo o Sindicato dos Policiais de Pernambuco (Sinpol-PE), apenas 30% do efetivo policial estará em atividade nas delegacias de plantões. A decisão da categoria aconteceu em assembleia realizada em frente ao Palácio do Campo das Princesas, a sede do governo estadual localizada no Centro do Recife, na tarde desta quinta.
O encontro sucedeu a reunião de uma comissão do Sindicato dos Policiais de Pernambuco (Sinpol-PE) com representantes da Secretaria de Administração de Pernambuco, no bairro do Pina, na Zona Sul da capital. Em estado de greve desde o dia 11 de outubro, a categoria reivindica a implantação do Plano e Cargos e Carreira. "Os policiais vão realizar apenas flagrantes delitos e locais de crime, pois o governo nos ofereceu uma proposta evasiva, sem dizer um prazo para implementar o plano", explicou o presidente do Sinpol-PE, Áureo Cisneiros.
De acordo com ele, a implantação tinha sido acertada com o governo do estado em fevereiro deste ano por meio de um acordo, mas a medida ainda não foi cumprida. Por conta disso, os policiais civis realizaram um protesto, durante a manhã desta quinta, no Centro do Recife. Acompanhados por um carro de som, manifestantes saíram da sede do Sinpol, no bairro de Santo Amaro, por volta das 10h30 e seguiram pelas avenidas Cruz Cabugá e Conde da Boa Vista, entrando em seguida na Rua da Aurora. O grupo atravessou a Ponte Princesa Isabel até chegar ao Palácio do Campo das Princesas. A passeata deixou o trânsito no local complicado.
Delegados Além dos agentes, a Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) informou que realiza uma paralisação de 24h nesta quinta-feira (20). Parados desde a 0h, eles reivindicam melhorias na infraestrutra das delegacias. Por meio de nota, a Polícia Civil disse que o movimento atinge o andamento de algumas investigações, mas que os flagrantes estão sendo feitos normalmente.
Grupo seguiu pela Rua da Aurora em direção ao palácio do governo (Foto: TV Globo/Reprodução)
Resposta Em nota, a Secretaria de Administração dePernambuco (SAD) informou que os policiais civis têm um Plano de Cargos e Carreira aprovado pelo Sinpol desde 2008. Ainda segundo a pasta, o que a categoria pede são mudanças no plano com proposta de reajuste salarial de até 300%, o que seria inoportuno, considerando o atual momento econômico do país. Diante dessa informação, o Sinpol afirmou que o aumento é uma progressão prevista no acordo estabelecido e que não vale apenas para o próximo ano.
A SAD disse também que o poder público tem negociado com o Sinpol alternativas para a reforma do plano e que se reúne com uma comissão do sindicato. O órgão afirmou que está concluindo os estudos do novo plano e vai apresentar a proposta final nos próximos dias. Quanto à paralisação da Associação dos Delegados, informou que uma reunião está marcada para sexta-feira (21).
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
19/10/2016 06h00 - Atualizado em 19/10/2016 06h00
Copom deve iniciar
ciclo de
corte de juros nesta quarta,
prevê mercado
Se confirmada, será a primeira redução da taxa Selic em quatro anos. Mesmo com corte, Brasil continuará na liderança mundial dos juros reais.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem seu segundo dia de reunião nesta quarta-feira (19) e a expectativa dos economistas do mercado financeiro é de que, ao final dela, seja anunciada a redução dos juros básicos da economia, atualmente em 14,25% ao ano. Se confirmado, será o primeiro corte nos juros em quatro anos.
Apesar de grande parte dos economistas preverem uma redução na taxa Selic, não há consenso sobre o tamanho do corte. Alguns estimam uma diminuição de 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. Outros preveem um corte mais ousado, de 0,50 ponto percentual, o que levaria a Selic para 13,75% ao ano.
O Copom deve anunciar a nova taxa de juros por volta das 18h desta quarta.
Para os economistas dos bancos, este será o primeiro de uma série de cortes nos juros básicos da economia. A estimativa é de que o Copom, que se reúne a cada 45 dias, continuará a reduzir a Selic até setembro de 2017, quando a taxa deverá estar, pelas previsões, em 11% ao ano.
Sistema de metas O Banco Central toma as decisões sobre a taxa de juros olhando para a frente e tendo como objetivo cumprir as metas de inflação previstas pelo sistema em vigor no país. Para 2016, 2017 e 2018, a meta central é de inflação em 4,5%. Entretanto, o sistema prevê um piso e um teto, que é de inflação em 6,5%, em 2016, e em 6% em 2017 e 2018.
Isso significa que se a inflação deste ano, por exemplo, superar o alvo central de 4,5% mas ficar abaixo de 6,5%, o BC terá cumprido a meta. Entretanto, mercado estima um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao redor de 7% para 2016.
As decisões da autoridade monetária sobre a taxa básica de juros surtem efeito pleno em seis a nove meses. Assim, o BC já está mirando, neste momento, a meta de inflação de 2017, e não a deste ano.
Crise econômica A aposta do mercado de que os juros começarão a cair tem por base o cenário de baixo nível de atividade, que se reflete na inflação corrente e nas estimativas para os próximos anos, e também na taxa de desemprego, que segue em patamar historicamente elevado. Além disso, consideram outros fatores, como a aprovação da PEC do teto de gastos públicos em primeiro turno na Câmara dos Deputados, e a redução do preço da gasolina.
"Não há garantia forte de que a gente consiga convergir para o centro da meta de 4,5% em 2017. O IPCA deve fechar entre 5,5% e 6%, dentro do limite da inflação. Essa expectativa do que está por vir dá essa liberdade de o BC já começar a agir agora", avaliou o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz.
Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, além da surpresa do IPCA de setembro, que ficou em 0,08%, a PEC do teto avançou "de modo mais confortável do que o esperado, e a Petrobras anunciou redução dos preços de gasolina e diesel na refinaria". "Os preços dos alimentos no atacado também vêm tendo comportamento benigno. A votação no Copom deve ser consensual", acrescentou ele em comunicado.
Juros reais mais altos do mundo Mesmo com uma redução nesta quarta-feira, o Brasil permanecerá na liderança disparada do ranking mundial de juros reais (calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses), compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management.
Se o corte for de 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano, a taxa de juros real será de 8,49% ao ano e, se a redução for de 0,50 ponto percentual, para 13,75% ao ano, os juros reais brasileiros serão de 8,25% ao ano.
Previsões do Mercado para a Selic
Estimativa para as próximas reuniões do Copom
Fonte: Banco Central
Em ambos os casos, permanecerão bem acima do segundo colocado, que é a Rússia, com 4,27% ao ano, seguida pela Colômbia, com 3,61% ao ano. Nas 40 economias pesquisadas, a taxa média está negativa em 1,9% ao ano.
Consequências do corte de juros Segundo economistas, a queda dos juros poderá ajudar na recuperação da economia brasileira – que atravessa a maior recessão de sua história – por meio do aumento da confiança dos investidores e do recuo dos juros bancários. Além disso, poderá resultar em menos pressões de alta do dólar, contribuindo para impedir a volta da inflação no futuro. A redução também resultará em pagamento menor de juros pelo setor público.
De acordo com o diretor-executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, a queda da taxa Selic não tende a impactar, pelo menos em um primeiro momento, os juros bancários – que estão em patamar recorde. Mas, se as reduções persistirem no futuro, poderão pressionar para baixo os juros dos bancos.
Para o economista da RC Consultores, Marcel Caparoz, a queda dos juros, juntamente com os avanços no ajuste fiscal e no recuo da inflação, contribuem para aumentar o nível de confiança da economia brasileira – que já vem se refletindo nos prêmios de risco do mercado internacional (CDS brasileiro). Ele acrescentou, porém, que para que isso tenha continuidade o governo "tem de começar a tirar do papel as promessas e entregar os resultados".
Outra consequência do corte da taxa Selic pelo Banco Central, de acordo com Caparoz, é a redução nas despesas de juros da dívida pública. Ele lembrou que mais de R$ 600 bilhões em dívida em mercado estão atrelados à taxa básica de juros da economia. Com sua queda, recua também o pagamento de juros. A estimativa é de que um corte de 0,25 ponto percentual na Selic reduza essa despesa em R$ 1,5 bilhão em 12 meses.
PF faz ação em 6 estados e no DF paraapurar fraudes fiscais na Receita
Ação apura uso de 'créditos fantasmas' junto à Receita por meio de software. Justiça Federal expediu 42 mandados judiciais; 12 são de prisão temporária.
Ana Paula Andreolla e Gabriel LuizDa TV Globo e do G1 DF
A Polícia Federal cumpre 42 mandados judiciais nesta quarta-feira (19) em seis estados e no Distrito Federal em uma operação para apurar supostas fraudes fiscais junto à Receita Federal. De acordo com a PF, o esquema fraudava o sistema por meio de compensações de créditos tributários irregulares, utilizando créditos "fantasmas" para quitar dívidas de empresas com o Fisco por meio de um software.
Ao todo, a Justiça Federal expediu 12 mandados de prisão temporária, 12 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão. As ações foram iniciadas em São Paulo, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e no DF.
De acordo com a PF, um grupo de empresas adquiria créditos fantasmas para conseguir quitar os débitos fiscais, pagando valores inferiores ao que deviam. Os policiais apontam que as empresas adquiriam esses créditos para aparentar regularidade com a Fazenda Federal e participar de licitações públicas.
O número de empresas investigadas não foi divulgado. Até a publicação desta reportagem, a corporação não tinha informado se funcionários da Receita têm participação no esquema investigado.
"Esse tipo de compensação fraudulenta foi responsável pela redução na arrecadação federal do mês de agosto deste ano, o que demonstra o potencial de dano da quadrilha", informou a PF. O programa usado pelo grupo era o "Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação" (PER/DCOMP).
A operação é batizada de Java. O nome faz alusão à linguagem de programação orientada a objetos utilizada para a programação de softwares, inclusive os programas usados pela Receita Federal.
Veja onde são as ações
DF: 7 mandados de prisão temporária, 2 de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão
SP: 2 mandados de prisão temporária, 4 de condução coercitiva e 4 de busca e apreensão
BA: 1 mandado de condução coercitiva
GO: 4 mandados de condução coercitiva
PA: 1 mandado de condução coercitiva
RJ: 2 mandados de prisão temporária e 3 de busca e apreensão
SC: 1 mandado de prisão temporária e 1 mandado de busca e apreensão
Interface do programa PER/DCOMP da Receita Federal (Foto: Reprodução)