quinta-feira, 16 de junho de 2016

15/06/2016 22h52 - Atualizado em 15/06/2016 23h37

Câmara reduz Imposto de Renda sobre dinheiro enviado ao exterior

Pela proposta, alíquota cai de 25% para 6% até limite de R$ 20 mil por mês.
Texto se refere a gastos pessoais e precisa ser aprovado pelo Senado.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (15) uma medida provisória que reduz o imposto de renda sobre o dinheiro enviado ao exterior para gastos pessoais. O texto segue agora para apreciação do Senado.

Pela proposta aprovada pelos deputados, a alíquota do IR passa de 25% para 6% sobre as remessas feitas para pagar gastos pessoais, até o limite de R$ 20 mil ao mês, em viagens de turismo e negócios. A redução também valerá para as operadoras ou agências de viagens, mas até o limite de R$ 10 mil por passageiro.

A redução da alíquota entrou em vigor em 2 de março de 2016, data da publicação da medida provisória pelo Executivo, e, para virar lei, precisa ser aprovada pelo Congresso. A proposta prevê que a redução vigore até 31 de dezembro de 2019.

A medida provisória deixa claro que ficam isentas de IR as remessas ao exterior destinadas para fins educacionais, incluindo o pagamento de taxas de inscrição em congressos, assim como o envio de dinheiro para cobrir despesas médicas no exterior.
No plenário, deputados divergiram sobre a proposta. Na avaliação de Hildo Rocha (PMDB-MA), o turismo nacional poderá ser prejudicado com o incentivo às viagens internacionais. No entanto, para a deputada Margarida Salomão (PT-MG), as agências de viagem brasileiras poderão ganhar com o imposto menor.

Liderada pelo PT, a oposição atuou com empenho para tentar impedir a aprovação da medida provisória em protesto contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer. Diversos requerimentos foram apresentados, entre eles, alguns que tentavam retirar o tema de pauta ou adiar a sua votação.

No entanto, após mais de sete horas de sessão, houve um acordo para que emendas, consideradas polêmicas, não fossem votadas. Uma delas propunha reduzir alíquotas de tributos sobre a importação e a venda de papel para jornais. Diante disso, a oposição retirou a obstrução e a medida provisória acabou aprovada.

Dilma pressiona governo Temer sobre Transposição e avisa: “Não vou renunciar”

PUBLICADO EM 15/06/2016 ÀS 18:10 POR  EM NOTÍCIAS
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Iniciando a visita a estados do Nordeste nesta quarta-feira (15), em audiência pública sobre a democracia na Assembleia Legislativa da Paraíba, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que ficará atenta ao cumprimento de prazos da obra de transposição do Rio São Francisco pelo governo Michel Temer (PMDB) – embora a previsão de entrega do empreendimento seja só em dezembro e, inicialmente, o peemedebista só fique no cargo até o julgamento dela, previsto para agosto. A petista ainda voltou a avisar: “Não vou renunciar”.
“Eu vou estar atenta ao fato de que, se a ligação do São Francisco não for concluída a tempo, a população de Campina Grande não terá água”, afirmou Dilma. A obra começou em 2007 e está atrasada em seis anos. A última visita da petista como presidente ao Nordeste foi à segunda estação de bombeamento do eixo norte da transposição, em Pernambuco.
“Não vou renunciar, não renunciei. Achavam ou que eu era uma pessoa muito dura ou que eu estava no mundo da lua. No meio eles esqueceram que a mulher brasileira é sobretudo uma mulher lutadora e firme. A gente sabe que é fundamental resistir, enfrentar, lutar”, disse também a presidente afastada.
Dilma aproveitou o evento na Paraíba para criticar o governo Temer, ao reclamar sobre o bloqueio de R$ 17 milhões que seriam repassados pelo governo federal para a obra do viaduto do Geisel, em João Pessoa. A assinatura para transferir o dinheiro foi nos últimos dias de governo. “A gente não tem bola de cristal para saber se o impeachment iria avançar no Senado. Continuamos o ato de governar”, se defendeu a petista. “Isso é confundir o dinheiro público com o dinheiro pessoal”, atacou.
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Temer afirma respeito a limites de recursos de campanha; PSDB repudia acusações de Machado

PUBLICADO EM 15/06/2016 ÀS 20:36 POR  EM NOTÍCIAS
Foto: Beto Barata/PR
Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo
O presidente interino Michel Temer (PMDB) se posicionou em nota, nesta quarta-feira (15), contra as acusações feitas na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O peemedebista foi acusado de pedir recursos ilícitos para a campanha de Gabriel Chalita, ex-PMDB e atualmente no PDT, nas eleições municipais de 2012 em São Paulo. Veja:
nota-temer
Chalita também divulgou nota afirmando que não pediu recursos ou qualquer tipo de auxílio. “Esclareço, ainda, que todos os recursos recebidos na minha campanha foram legais, fiscalizados e aprovados pelo Tribunal Regional Eleitoral”, escreveu.
O PSDB repudiou, também em nota, as acusações. Machado afirmou que entregou R$ 1 milhão ao atual presidente do partido, o senador Aécio Neves (MG), e que negociou ‘ajuda financeira’ para eleger 50 deputados em 1998, para garantir que o parlamentar, então deputado federal, fosse eleito presidente da Câmara. O ex-presidente da Transpetro disse também que negociou recursos de caixa 2 para a legenda. O PSDB afirmou que “são afirmações feitas no desespero de quem está tentando se livrar da responsabilidade pelos crimes que cometeu”.
“Delações premiadas são uma conquista da sociedade e não podem se transformar em acusações sem provas, em instrumento de manipulação da verdade e em esconderijo de interesses inconfessáveis de criminosos. O PSDB confia que as investigações revelarão a verdade dos fatos, assim como os interesses dos que se escondem por trás das calúnias”, afirmou a nota enviada pelo partido.
O próprio Aécio divulgou nota rebatendo as declarações de Machado. “Qualquer pessoa que acompanha a cena política brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura à presidência da Câmara, o que só ocorreu muito depois”, declarou. Segundo o senador, a sua eleição como presidente da Câmara ocorreu a partir de um “entendimento político no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB à presidência do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB à presidência da Câmara.”
Aécio já é investigado em dois inquéritos abertos a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral, que afirmou que o presidente do PSDB recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras. Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma “maquiagem” nas informações.
Advogado do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA), Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, questionou as circunstâncias da delação. “Os senadores Romero Jucá e Edison Lobão e o ex-presidente José Sarney negam peremptoriamente terem recebido qualquer montante, a qualquer título, do delator Sérgio Machado”, afirmou à Estadão Conteúdo. Kakay acusou Machado de fazer a delação para evitar a prisão dos filhos e frisou que ele não apresenta provas do que diz.
Outros políticos citados também responderam às acusações. O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RJ), considerou uma ‘leviandade’ de Machado a delação. Segundo o ministro, suas relações “são pautadas pela ética e respeito institucional”. “Nunca pedi qualquer doação ilícita para empresário ou quem quer que seja”, afirmou. “Como presidente de partido, eventuais pedidos de doações que eu tenha feito foram para as campanhas municipais sempre obedecendo a lei”, afirmou. O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) classificou como “mentirosas e descabidas” as citações feitas ao seu nome.
A ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SC) afirmou em nota que as doações à sua campanha eleitoral ao governo de Santa Catarina em 2010 foram “declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que sua conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade”. Em nota, Ideli diz ainda que não faz declarações a respeito “de delações de réus confessos sem ter acesso ao texto”. “Até porque na delação de um outro réu, ficou demonstrada de forma inequívoca que ele mentiu e assinou embaixo”, diz a ministra, sem explicitar a que outro delator se refere.
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quarta-feira, 15 de junho de 2016

NOVIDADE: Justiça Eleitoral vai lançar aplicativos para eleições municipais

App vai indicar todos os acontecimentos previstos para a eleição e vai dar a opção de o eleitor receber notificação automática dos eventos com vinte, dez e dois dias para o encerramento de todos os prazos constantes nos calendários (Foto: Reprodução)
Do DIARIO DE PERNAMBUCO
charlesnasci@yahoo.com.br

A Justiça Eleitoral vai lançar 11 aplicativos para as eleições municipais deste ano. As ferramentas têm funções variadas e serão apresentadas no decorrer do processo eleitoral. Os apps Agenda JE e JE Processos já estão disponíveis na loja de aplicativos Google Play e dentro de alguns dias também poderão ser baixados na Play Store. O Agenda JE vai indicar todos os acontecimentos previstos para a eleição e vai dar a opção de o eleitor receber notificação automática dos eventos com vinte, dez e dois dias para o encerramento de todos os prazos constantes nos calendários. Já o JE Processos permite o acompanhamento das ações e não é restrito à eleição.

Outros nove aplicativos serão lançados no decorrer do processo eleitoral deste ano. As próximas ferramentas vão permitir a consulta de locais de votação, a busca de informações de candidatos, além de um dispositivo para denunciar irregularidades eleitorais e o acompanhamento da apuração. Haverá também uma ferramenta específica para auxiliar os servidores a identificar eventuais problemas durante a preparação das urnas eletrônicas e reportá-los ao Tribunal Regional Eleitoral competente. O eleitor também poderá ter acesso ao boletim com o resultado da eleição na sua seção por meio de um aplicativo QR Code.

Nas últimas eleições, em 2014, a Justiça Eleitoral disponibilizou quatro aplicativos. Um deles, o Apuração, que permite acompanhar, em tempo real, a apuração dos votos e que também estará presente no pleito deste ano, ficou em primeiro lugar entre os mais baixados da Apple Store nas vésperas da votação. Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE Giuseppe Janino, "isso mostra o compromisso da Justiça Eleitoral com a sociedade".

Jovem é executado em Pão de Açucar, Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pe


O adolescente Tiago Martins da Silva, de 16 anos de idade, foi executado a tiros na tarde de hoje (terça-feira) nas proximidades da Serra do Cruzeiro em Pão de Açúcar distrito de Taquaritinga do Norte no Agreste de Pernambuco.

 Segundo informações repassadas pelo Pai do jovem, ele estava bebendo com alguns amigos e quando voltava para casa, caminhando pelo matagal, os colegas do adolescente, escutaram os disparos de arma de fogo. Ao realizar uma busca nas imediações, o cidadão encontrou o corpo do próprio filho já sem vida.


 Tiago residia na Rua do Cemitério Novo em Pão de Açúcar e foi detido no último dia 08, com drogas, pela equipe do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI). Clique AQUI e relembre.


Do: Blog Agreste Notícia

terça-feira, 14 de junho de 2016

Lava Jato

Teori manda investigações de Lula para Moro

Publicado em 13/06/2016 , às 21 h58
Estadão Conteúdo
No mesmo despacho, Teori também determinou a anulação dos áudios interceptados por Moro / Foto: STF
No mesmo despacho, Teori também determinou a anulação dos áudios interceptados por MoroFoto: STF
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu encaminhar nesta segunda-feira, 13, todas as investigações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara federal de Curitiba.
No mesmo despacho, ele também determinou a anulação dos áudios interceptados por Moro envolvendo a presidente afastada Dilma Rousseff. Dilma foi captada em uma conversa com o ex-presidente em que o avisa sobre o envio de um documento. Entre as investigações que devem voltar para Moro estão a que envolve se Lula é ou não dono de um sítio em Atibaia e de um triplex em Guarujá.
As investigações que envolvem Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff permanecem no Supremo, porque a petista ainda detém foro. Sobre as escutas, Teori afirma que o juiz de Curitiba usurpou a competência do STF ao divulgar e fazer gravações de pessoas que detinham foro privilegiado. O ministro do Supremo também diz que a nulidade da prova colhida deve ser penas das escutas telefônicas captadas após a decisão que determinou o encerramento da interceptação.
PALAVRAS-CHAVE:política lula notícias teori
Corrupção na Petrobras

Procuradoria pede condenação de Eduardo Cunha por improbidade em ação civil

Publicado em 13/06/2016 , às 19 h28
Estadão Conteúdo
A propina foi recebida no exterior em contas titularizadas em nome de offshore controladas por Cunha / Foto: Agência Brasil
A propina foi recebida no exterior em contas titularizadas em nome de offshore controladas por CunhaFoto: Agência Brasil
A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba protocolou, nesta segunda-feira, 13, na Justiça Federal do Paraná, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o deputado federal afastado da presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista já é apontado como beneficiário direto do esquema de corrupção instalado na Diretoria Internacional da Petrobras, na cota do PMDB no esquema.
Embora Cunha ainda tenha mandado no Congresso e, com isso, a prerrogativa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, como se trata de ação civil (que não leva à prisão, mas a punições como multa e perda de direitos políticos), ela pode tramitar em primeira instância independentemente do foro do réu. Também são alvos da ação a mulher do deputado, Cláudia Cordeiro Cruz, o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada, o acusado de ser operador do PMDB no esquema, João Augusto Rezende Henriques, e Idalécio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl).
A ação proposta envolve o mesmo episódio da denúncia contra a mulher de Cunha, que é a compra pela Diretoria Internacional da Petrobras, de 50% dos direitos de exploração petrolífera sobre o bloco 4 localizado em Benin, na África, em 2011. Para que o negócio, de aproximadamente US$ 34,5 milhões, fosse concluído, foi acertado, segundo a Procuradoria da República, o pagamento de propina na ordem de US$ 10 milhões (cerca de R$ 35 milhões) e, desse total, US$ 1,5 milhão foi destinado diretamente para Cunha.
De acordo com a investigação, a propina foi recebida no exterior em contas titularizadas por trustes e em nome de offshore controladas pelo parlamentar. A negociação, além de ter sido danosa ao patrimônio da estatal, foi concluída com o intuito principal de distribuir vantagens indevidas aos demais integrantes do esquema criminoso.
O MPF também apontou fortes indícios de enriquecimento ilícito do parlamentar que foi evidenciado pela movimentação de valores expressivos nas contas OrionS P, Triumph SP e Netherton mantidas pelo político no exterior e descobertas pelos investigadores da Suíça, mas que não foram declaradas às autoridades brasileiras.
"Era tamanha a intenção de Cunha em ocultar a titularidade das contas mantidas na Suíça que, em formulário próprio, solicitou o encaminhamento de correspondência da instituição financeira para endereço nos Estados Unidos, sob alegação de que o serviço postal em seu país de origem "não seria confiável", destacam os procuradores na ação.
Pelas irregularidades cometidas, a força-tarefa pede na ação a reparação do dano no valor de US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 35 milhões), a perda dos bens acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos demandados, o pagamento de multa civil de três vezes o valor do locupletamento ilícito, a indisponibilidade de bens dos envolvidos no esquema de corrupção, além de pagamento de danos morais coletivos fixadas em patamares suficientes para desestimular a continuidade das práticas ilícitas.
Especificamente em relação a Cunha, além das sanções acima indicadas, os procuradores pedem a suspensão de seus direitos políticos por 10 anos, a perda do enriquecimento ilícito de US$ 5.762.679,66 (R$ 20.169.378,81) relativo à movimentação das contas não declaradas e a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos.
A força-tarefa também solicitou, além dos requerimentos já referidos, o perdimento do enriquecimento de Cláudia Cruz de ao menos US$ 1.275.000,00 (R$ 4.462.500,00) relativo à movimentação na conta Köpek, aberta em seu nome, e que recebeu valores transferidos das contas de titularidade de Cunha.
As apurações da Lava Jato apontaram que os valores mantidos nas contas Orion SP, Triumph, Netherton SP e Köpek jamais foram declarados às autoridades brasileiras competentes, e que os referidos gastos reveleram-se absolutamente incompatíveis com os rendimentos lícitos declarados pelo parlamentar e sua companheira Cláudia Cruz no Brasil.
Desta forma, segue a Procuradoria, as investigações deixaram claro que o deputado Eduardo Cunha se valeu de seu mandato eletivo para sustentar o esquema de corrupção e obter vantagens ilícitas, desvirtuando a finalidade da função parlamentar para atender interesses espúrios particulares, comprometendo a imagem da Câmara dos Deputados, além de ter promovido expediente de lavagem de dinheiro no exterior, omitido a existência desse patrimônio e apresentado evolução patrimonial não justificada.
PALAVRAS-CHAVE: