quinta-feira, 29 de março de 2018

Rebelião em presídio na Venezuela deixa vários mortos

As 68 mortes teriam sido causadas por um incêndio ocorrido durante uma rebelião em um presídio de Valencia, no norte da Venezuela
Publicado em 29/03/2018, às 01h48
Um vídeo mostra confronto pessoas exigindo informações e a polícia / Foto: Reprodução de vídeo/Noticias Caracol
Um vídeo mostra confronto pessoas exigindo informações e a polícia
Foto: Reprodução de vídeo/Noticias Caracol
AFP

Uma rebelião ocorrida nessa quarta-feira (28) na prisão do Comando da Polícia do Estado de Carabobo, na cidade de Valencia, no norte da Venezuela, deixou 68 mortos, informou a Procuradoria nacional.
"Diante dos terríveis fatos ocorridos no Comando da Polícia do Estado de Carabobo, onde um suposto incêndio matou 68 pessoas, designamos quatro procuradores (...) para esclarecer estes dramáticos fatos", declarou o procurador-geral, Tarek William Saab, no Twitter.
O incidente ocorreu na manhã dessa quarta-feira (28), durante uma tentativa de fuga da prisão, quando os detentos teriam ateado fogo aos colchões e tomado a arma de um agente, segundo a ONG Janela à Liberdade.
Carlos Nieto, diretor da ONG, havia informado dezenas de vítimas entre mortos e feridos, acrescentando que "alguns morreram queimados e outros, intoxicados", e que "duas mulheres em visita figuram entre os mortos".


Um vídeo difundido no Twitter mostra dezenas de pessoas exigindo informações, incluindo mulheres chorando diante de um cordão policial.

Investigação sobre mortes em presídio

Rafael Lacava, governador do estado de Carabobo, manifestou sua "consternação" pelo incidente e prometeu uma severa investigação.
"Foi iniciada uma investigação séria e profunda sobre as causas e os responsáveis por estes lamentáveis acontecimentos. Estamos ao lado dos familiares em sua dor e necessidades".

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Foto: Luisi Marques/JC Imagem
Foto: Luisi Marques/JC Imagem

Mirando presidência, Meirelles nega atrito com Temer e diz que impopularidade é normal

Publicado por Amanda Miranda em Notícias às 17:58
A menos de uma semana de se filiar ao MDB, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta quarta-feira (28) que a primeira opção com que trabalha é a de ser candidato a presidente da República. Hoje, a candidatura dele é admitida como um plano B à de Michel Temer ou, caso ele não desista de tentar reeleição, colocando-o como vice.
“Caso eu decida ser candidato, essa é a primeira decisão: eu sou candidato a presidente da República. Se o presidente Temer decidir ser candidato, nós vamos conversar”, afirmou após fazer uma palestra no Recife para empresários do Lide Pernambuco.
Apesar de os dois nomes – o dele e o de Temer – serem apresentados, Meirelles nega atrito com o chefe e diz que os dois estão “trabalhando juntos”.
Para ele, ainda é cedo para falar na composição da chapa ou na política de alianças. Partidos da base, como o DEM e o PSDB, lançaram pré-candidaturas à presidência – o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, respectivamente.
Meirelles defende que será necessário avaliar as pesquisas. Um levantamento recente, segundo o ministro, apontou que o eleitor busca no candidato à presidência características como experiência, seriedade e desempenho, o que considera ser atribuídas a ele mesmo.
“Certamente vamos compor no futuro uma chapa que tenha as melhores condições eleitorais”, disse. 
Apesar da baixa popularidade do governo Temer, ele defendeu o governo discretamente em coletiva de imprensa após a agenda no Recife. “Cada vez mais vai ficar claro para o País está melhorando e que isso é fruto dessa administração”, afirmou. 
“É normal que depois de uma recessão tão grande a população ainda esteja com uma sensação difícil. O desemprego ainda está muito elevado. A inflação já caiu, mas as pessoas ainda não sentiram isso completamente. Mas a melhora do País na dimensão que ocorreu é questão de tempo para ser totalmente sentida pela população.”
Esta foi segunda visita de Meirelles a Pernambuco desde a semana passada. Na última sexta-feira (23), foi trazido a tiracolo por Temer para participar do anúncio da terceira jornada de trabalho na fábrica da Jeep, em Goiana, agenda positiva na área econômica. A viagem foi uma estratégia do MDB para colar a sua imagem à do presidente.

Foto: Ricardo Stuckert/Insituto Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Insituto Lula

PT quer a Polícia Federal investigando ataque a tiros à caravana de Lula

Publicado por Amanda Miranda em Notícias às 22:16
Agência Brasil – A bancada do PT na Câmara dos Deputados reagiu hoje (28) aos ataques a tiros à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, na terça-feira (27). Em entrevista coletiva, os deputados Marco Maia (RS), Paulo Teixeira (SP) e Celso Pansera (RJ) anunciaram que o partido vai pedir a entrada da Polícia Federal na investigação, que classificaram como “atentado político”. A bancada também vai entrar com uma ação na Procuradoria-Geral da República para pedir a elucidação do ataque.
“Não foram tiros de intimidação para o alto, mas direcionados contra os ônibus da caravana e que poderiam ter acertado o ex-presidente Lula ou alguma outra pessoa. Por isso, defendemos a entrada da Polícia Federal no caso e vamos acionar a PGR, o Ministério da Justiça e o da Segurança Pública para que tomem medidas urgentes para elucidar esse atentado”, disse o deputado Marco Maia.

Maia

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também repudiou o ataque à caravana de Lula na Região Sul do país. “O tiro no ônibus foi o ponto final de alguns dias de absurdos, inviabilizando a mobilização do ex-presidente Lula. Todos sabem que sou adversário, mas devemos ser adversários nas ideias, no debate, não achando graça, inviabilizar que ele passe por uma estrada, ou mais grave que isso, ameaçando vidas de pessoas, querendo gerar um recuo no movimento do ex-presidente, que é legítimo, democrático”, disse.
O parlamentar criticou ainda as ameaças sofridas pelo ministro do Supremo Tribunal
Federal Edson Fachin. “Imagina se um voto da Justiça brasileira pode ser pautada por qualquer pressão, nenhuma pressão deveria existir, muito menos uma pressão sob ameaça. Acredito que chegamos, de fato, na beira do precipício. O Estado brasileiro precisa reagir, em conjunto, todos entendendo que a sociedade, no momento, não aguenta mais polarização, agressões”, afirmou.
Segundo Maia, os dois episódios são sintomáticos e representam o momento de extrema polarização do país. “Os campos ideológicos resolveram entender que podem inviabilizar o direito do outro. Acho que está na hora do Estado brasileiro como um todo, junto com o governo dos estados, avançarem rapidamente”.

Ataques

Dois ônibus foram atingidos terça-feira (27) por pelo menos três tiros quando a caravana estava na estrada no trajeto entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná. Um dos veículos que recebeu disparos estava com profissionais de imprensa que acompanham o grupo e outro levava convidados. O ex-presidente Lula não estava nos veículos atingidos. Ninguém ficou ferido.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Professores recém-nomeados pelo governo do DF são alvos de mandados de prisão

Operação Magister investiga 'máfia dos concursos'. Entre 11 alvos há seis professores.

Por Mara Puljiz, TV Globo
 
Professores são alvos de operação no Distrito Federal
Seis pessoas recém-nomeadas para cargos públicos no Distrito Federal foram presas na manhã desta quarta-feira (28) pela Polícia Civil durante a terceira fase da Operação Panoptes, intitulada Magister, que investiga a chamada "máfia dos concursos".
Além destas, outras cinco pessoas são alvos de prisão temporária – que valem por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. No total, dos 11 pedidos de prisão, seis foram expedidos a professores. A operação cumpre, ainda, 12 mandados de busca a apreensão.
Policiais civis cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão na Operação Magister, que investiga 'máfia dos concursos' (Foto: TV Globo/Reprodução)Policiais civis cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão na Operação Magister, que investiga 'máfia dos concursos' (Foto: TV Globo/Reprodução)
Policiais civis cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão na Operação Magister, que investiga 'máfia dos concursos' (Foto: TV Globo/Reprodução)
Os mandados foram executados em Brazlândia, Gama, Santa Maria, Guará II, Riacho Fundo I, Taguatinga, Cruzeiro Novo, Mansões Entrelagos, Núcleo Bandeirante e também em Valparaíso, Formosa e Cristalina, que ficam em Goiás.

Como funcionava?

Segundo a Coordenação de Repressão ao Crime Organização (Cecor), que conduz as investigações, o grupo criminoso cobrava cerca de 20 vezes o valor do salário que os "candidatos" ganhariam como professores, por exemplo.
Carro de operações especiais da Polícia Civil do DF em frente ao Cespe, um dos alvos da operação Panoptes (Foto: Bianca Marinho/G1)Carro de operações especiais da Polícia Civil do DF em frente ao Cespe, um dos alvos da operação Panoptes (Foto: Bianca Marinho/G1)
Carro de operações especiais da Polícia Civil do DF em frente ao Cespe, um dos alvos da operação Panoptes (Foto: Bianca Marinho/G1)
O esquema seria liderado por Hélio Ortiz, preso preventivamente na primeira fase da Panoptes, ao lado de Antônio Alves Filho e de Ricardo Silva do Nascimento. Este último, era funcionário da banca examinadora Cebraspe (antigo Cespe) e, segundo a polícia, responsável por identificar as provas marcadas e preencher os gabaritos.
A Polícia Civil informou que as investigações vão continuar e que, "no decorrer de 2018, irá prender candidatos que fraudaram pelo menos 12 concursos no Distrito Federal".

Panoptes

As investigações começaram em maio de 2017 a partir de denúncias de que fraudes estavam sendo cometidas no concurso do Corpo de Bombeiros do DF. Na época, a Polícia Civil identificou duas pessoas que tentaram burlar o exame.
Meses depois, os investigadores concluíram que as tentativas de fraude ocorreram em praticamente todos os concursos recentes e de anos anteriores – inclusive enquanto a operação já estava em curso.
Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
Câmara Legislativa do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
Um exemplo é concurso da Câmara Legislativa, que seria realizado em dezembro do ano passado. O grupo também tentou burlar o exame da Terracap para cinco candidatos, mas nenhum deles conseguiu a vaga, segundo o diretor financeiro do órgão, Renato Brown.
Segundo a Polícia Civil, qualquer pessoa podia contratar os serviços do grupo criminoso. Caso a vaga fosse para nível superior e o candidato não tivesse graduação, a quadrilha também forjava o diploma.

Modalidades de fraude

Foram identificadas quatro modalidades de falsificação. Em uma delas, o candidato usava um ponto eletrônico (espécie de fone de ouvido) para receber instruções sobre o gabarito.
Em outra, o candidato deixava aparelhos celulares em pontos diferentes do local de prova, como o banheiro, para consultar as respostas. Os agentes identificaram, ainda, o uso de identidades falsas para que uma pessoa se passasse por outra.
Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.