quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

MP suíço afirma que Odebrecht dividia pagamento de propina em etapas

Publicado em 27/12/2016 , às 19 h49
Estadão Conteúdo
Segundo a investigação, o dinheiro que seria usado para a propina era retirado das contas da empresa / Foto: Reprodução
Segundo a investigação, o dinheiro que seria usado para a propina era retirado das contas da empresaFoto: Reprodução
O Ministério Público da Suíça afirma que o sistema criado pela Odebrecht para pagar propinas em contratos envolvia uma ampla rede de contas e recibos falsos, espalhados por mais de dez países, entre eles EUA, Portugal, Holanda, Antígua, Belize, Ilhas Virgens Britânicas, Panamá, Chipre, Áustria e Irlanda. 
No total, quatro etapas de pagamentos foram criadas para camuflar a origem dos recursos e quem os receberia. Na avaliação dos investigadores suíços, a construtora criou uma estrutura "altamente profissional" para cometer crimes.
Segundo a investigação, num primeiro momento, o dinheiro que seria usado para a propina era retirado das contas oficiais da empresa. Para isso, contratos fictícios de serviços eram feitos. Os contratos falsos eram inclusive apresentados aos bancos para permitir que as transações fossem consideradas como legítimas.
Num segundo momento, esse dinheiro desviado das contas oficiais era depositado em contas na Suíça. Empresas offshore foram criadas em diversos países e controladas pela Odebrecht para movimentar essas contas e para "concluir contratos falsos de serviços". "As contas dessas empresas foram abertas com o objetivo ilegal de manter recursos fora da contabilidade ordinária e obscurecer fluxos de pagamentos", indicou o MP suíço, apontando como o Departamento de "Operações Estruturadas" mantinha um controle sobre essas movimentações de Caixa 2.
Do nível 2 para o nível 3 da estrutura montada para o pagamento de propinas, o dinheiro era liberado somente com o pedido de um membro do conselho de administração da Odebrecht. Pagamentos poderiam ainda ser feitos diretamente para beneficiários de propinas que tivessem contas na Suíça. Segundo os dados obtidos dos servidores da empresa na Suíça, notas frias eram emitidas para justificar os pagamentos.
Nesse 3º nível do esquema, contas e empresas de fachada eram operadas a partir de Antígua, Andorra e Panamá. Fernando Miggliaccio, funcionário da Odebrecht preso na Suíça, confirmou tal esquema em suas delações.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Faculdades privadas

Prazos de renovação do Fies e entrega de documentos terminam na sexta

Publicado em 26/12/2016 , às 21 h10
Agência Brasil
Os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem ser renovados a cada semestre / Foto: Reprodução
Os contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) devem ser renovados a cada semestreFoto: Reprodução
O prazo para renovação de contrato do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) termina na próxima sexta-feira, dia 30. Os contratos do Fies devem ser renovados a cada semestre. Além disso, termina no dia 29, quinta-feira, o prazo para entregar no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal os Documentos de Regularidade de Matrícula (DRMs) emitidos a partir de 25 de novembro.

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Silvio Pinheiro, disse que os problemas apresentados na semana passada no aditamento junto aos bancos foi resolvido. “Quem procurou os agentes financeiros e não conseguiu fazer o aditamento na semana passada pode se dirigir novamente às instituições financeiras, porque os gargalos já foram todos solucionados. Mas é preciso comparecer logo e não deixar para a última hora”.
O pedido de aditamento é feito inicialmente pelas faculdades. Em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas instituições no SisFies. No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o estudante precisa ainda levar a documentação comprobatória ao agente financeiro para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Investimento do MEC

O investimento nos financiamentos é de R$ 8,6 bilhões, já garantidos no orçamento, de acordo com o Ministério da Educação. A pasta afirma que, para 2017, o governo federal já enviou ao Congresso Nacional Projeto de Lei Orçamentária que contempla R$ 21 bilhões para o Fies, o que seria suficiente para manter os financiamentos e os contratos com os agentes financeiros do fundo.

Concursos com inscrições abertas reúnem 7,9 mil vagas em todo o país

Os salários chegam a R$ R$ 15.965,05. Oportunidades são para todos os níveis de escolaridade.


Pelo menos 85 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta terça-feira (27) e reúnem 7.984 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 15.965,05 na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Mato Grosso.
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Entre os órgãos com inscrições abertas estão Ministério da Saúde, com 102 vagas e salário de até R$ 5,7 mil, a Polícia Militar de Minas Gerais, com 1.350 vagas e salário de até R$ 3.278,74, e a Prefeitura do Rio de Janeiro, com 363 vagas e salário de até R$ 2.744,79.
Veja abaixo dicas da colunista do G1, Lia Salgado, para quem quer passar em um concurso público em 2017:
1 – Uma dinâmica equilibrada deve incluir leitura da teoria, resolução de exercícios didáticos com consulta, elaboração de materiais para revisão, revisões e resolução de provas anteriores.
2 – Estude todas as disciplinas do “pacote básico” de forma alternada – uma a cada dia da semana ou uma a cada período do dia, para avançar com todas ao mesmo tempo.
3 – Defina com antecedência o que será estudado a cada dia, para não perder tempo.
4 – Busque um local silencioso, confortável e bem iluminado para estudar.
5 – Faça pausas de 15 minutos a cada hora e meia ou duas de estudo; faça intervalos maiores entre os turnos da manhã e da tarde, e da tarde e da noite (se você estudar durante todo o dia).
6 – O estudo pode ser individual ou em grupo; teste as duas modalidades e faça a sua escolha.
7 – Não se disperse com redes sociais, celular ou outras distrações: respeite a hora de começo e de fim do estudo.
8 – Sublinhar as informações importantes durante a leitura da teoria ajuda a fixar os conteúdos e facilita na hora de preparar o material para revisões.
9 - Fichas-resumo são muito interessantes e podem funcionar melhor do que resumos.
10 – Resolver provas de concursos que já aconteceram é uma providência essencial para a aprovação.
Não existe técnica certa ou errada: faça os ajustes e descubra o que funciona para você, observando sempre se o tempo gasto é compatível com o conhecimento adquirido.
Candidatos estudam para concurso público em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)Candidatos estudam para concurso público em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)
Candidatos estudam para concurso público em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

Quadrilha suspeita de 

homicídios e roubos era 

comandada de dentro 

de presídios do Grande 

Recife, diz delegado

Polícia Civil de Pernambuco descobriu que os líderes do grupo eram presos que conheciam a legislação e, por isso, usavam adolescentes para praticar os crimes.


RAAo prender uma quadrilha suspeita de praticar homicídios, tráfico de drogas e roubos, a Polícia Civil de Pernambuco descobriu que o esquema era comandado de dentro de presídios da Região Metropolitana do Recife. De acordo com o delegado seccional de Paulista, Ivaldo Pereira, o grupo dominava muito bem a legislação brasileira e, por isso, usava adolescentes para praticar os crimes.
“É uma quadrilha que liderava de dentro dos presídios, com suas principais lideranças presas. Uma quadrilha que já conhecia a legislação e, com isso, colocava menores na boca de fumo para que esses menores portassem armas, cometessem homicídio e desse continuidade ao tráfico de drogas. Justamente porque eles sabem que há uma maior benécie aos menores”, pontuou o delegado.
A ‘Operação Moenda’ foi deflagrada na quinta-feira (22), mas os detalhes só foram repassados durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26). A polícia cumpriu 13 mandados de prisão, dois mandados de apreensão de menores e 13 mandados de busca domiciliar, em Paulista e Igarassu, no Grande Recife.
“Eles são homicidas perigosos e estudavam os perfis das vítimas. Eles são muito temidos na localidade de Engenho Maranguape”, contou Ivaldo Pereira. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista.
As investigações tiveram início há oito meses. Do total de mandados, 10 foram contra alvos foragidos e cinco tiveram relação com presidiários ou pessoas recolhidas em unidades de ressocialização de jovens infratores.
Ainda há uma suspeita de que o grupo plantava maconha para revender. “Encontramos talos e sementes com um dos presos”, destacou o delegado.
Participaram da operação 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi supervisionada pela Chefia da Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM).

Quadrilha suspeita de 

homicídios e roubos era 

comandada de dentro 

de presídios do Grande 

Recife, diz delegado

Polícia Civil de Pernambuco descobriu que os líderes do grupo eram presos que conheciam a legislação e, por isso, usavam adolescentes para praticar os crimes.

RAAo prender uma quadrilha suspeita de praticar homicídios, tráfico de drogas e roubos, a Polícia Civil de Pernambuco descobriu que o esquema era comandado de dentro de presídios da Região Metropolitana do Recife. De acordo com o delegado seccional de Paulista, Ivaldo Pereira, o grupo dominava muito bem a legislação brasileira e, por isso, usava adolescentes para praticar os crimes.
“É uma quadrilha que liderava de dentro dos presídios, com suas principais lideranças presas. Uma quadrilha que já conhecia a legislação e, com isso, colocava menores na boca de fumo para que esses menores portassem armas, cometessem homicídio e desse continuidade ao tráfico de drogas. Justamente porque eles sabem que há uma maior benécie aos menores”, pontuou o delegado.
A ‘Operação Moenda’ foi deflagrada na quinta-feira (22), mas os detalhes só foram repassados durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26). A polícia cumpriu 13 mandados de prisão, dois mandados de apreensão de menores e 13 mandados de busca domiciliar, em Paulista e Igarassu, no Grande Recife.
“Eles são homicidas perigosos e estudavam os perfis das vítimas. Eles são muito temidos na localidade de Engenho Maranguape”, contou Ivaldo Pereira. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista.
As investigações tiveram início há oito meses. Do total de mandados, 10 foram contra alvos foragidos e cinco tiveram relação com presidiários ou pessoas recolhidas em unidades de ressocialização de jovens infratores.
Ainda há uma suspeita de que o grupo plantava maconha para revender. “Encontramos talos e sementes com um dos presos”, destacou o delegado.
Participaram da operação 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi supervisionada pela Chefia da Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM).