terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Quadrilha suspeita de 

homicídios e roubos era 

comandada de dentro 

de presídios do Grande 

Recife, diz delegado

Polícia Civil de Pernambuco descobriu que os líderes do grupo eram presos que conheciam a legislação e, por isso, usavam adolescentes para praticar os crimes.

RAAo prender uma quadrilha suspeita de praticar homicídios, tráfico de drogas e roubos, a Polícia Civil de Pernambuco descobriu que o esquema era comandado de dentro de presídios da Região Metropolitana do Recife. De acordo com o delegado seccional de Paulista, Ivaldo Pereira, o grupo dominava muito bem a legislação brasileira e, por isso, usava adolescentes para praticar os crimes.
“É uma quadrilha que liderava de dentro dos presídios, com suas principais lideranças presas. Uma quadrilha que já conhecia a legislação e, com isso, colocava menores na boca de fumo para que esses menores portassem armas, cometessem homicídio e desse continuidade ao tráfico de drogas. Justamente porque eles sabem que há uma maior benécie aos menores”, pontuou o delegado.
A ‘Operação Moenda’ foi deflagrada na quinta-feira (22), mas os detalhes só foram repassados durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26). A polícia cumpriu 13 mandados de prisão, dois mandados de apreensão de menores e 13 mandados de busca domiciliar, em Paulista e Igarassu, no Grande Recife.
“Eles são homicidas perigosos e estudavam os perfis das vítimas. Eles são muito temidos na localidade de Engenho Maranguape”, contou Ivaldo Pereira. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista.
As investigações tiveram início há oito meses. Do total de mandados, 10 foram contra alvos foragidos e cinco tiveram relação com presidiários ou pessoas recolhidas em unidades de ressocialização de jovens infratores.
Ainda há uma suspeita de que o grupo plantava maconha para revender. “Encontramos talos e sementes com um dos presos”, destacou o delegado.
Participaram da operação 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação foi supervisionada pela Chefia da Polícia Civil e coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM).