quinta-feira, 10 de novembro de 2016

09/11/2016 21h19 - Atualizado em 09/11/2016 21h19

Deputados querem ajuda do ministro da 




Defesa para reduzir violência em PE



Aumento de homicídios no estado foi discutido pela oposição na Alepe.
Líder do governo na Casa nega falta de diálogo com bancada de oposição.

Do G1 PE
Bancada da oposição na Alepe criticou o programa Pacto Pela Vida em coletiva nesta quarta-feira (9) (Foto: Cláudia Ferreira/G1)Bancada da oposição na Alepe criticou o programa Pacto Pela Vida em coletiva nesta quarta-feira (9) (Foto: Cláudia Ferreira/G1)
O crescente número de homicídios em Pernambuco pode virar assunto para o Ministério da Defesa. Em coletiva realizada no Recife nesta quarta-feira (9), a bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) informou que pretende solicitar uma audiência com o atual ministro da pasta, Raul Jungmann, a fim de contar com a ajuda do governo federal no enfrentamento à violência no estado.

A reunião com a imprensa aconteceu na sede da Alepe, na Boa Vista, área central da capital pernambucana. O encontro contou com a participação dos deputados estaduais Silvio Costa Filho (PRB), que lidera a bancada; Edilson Silva (PSOL); Joel da Harpa (PTN); Socorro Pimentel (PSL); Júlio Cavalcanti (PTB); Odacy Amorim (PT) e Augusto César (PTB).

Na ocasião, Silvio Costa Filho apresentou os dados da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) que mostram que outubro de 2016 foi o mês em que Pernambuco registrou mais assassinatos desde o início do programa Pacto Pela Vida, em 2007, com 451 homicídios. De janeiro a outubro deste ano, foram 3,6 mil mortes violentas no estado, contra 3.188 contabilizadas no mesmo período do ano passado.

“É importante ver de que forma a Força Nacional [pode ajudar] no combate à fiscalização de barreiras, ampliar um serviço de inteligência, trazer alguns homens para ajudar no combate à violência a caixas eletrônicos no interior do nosso estado. É importante que o governo federal possa, de fato, contribuir de alguma forma”, avaliou Silvio Costa Filho.
De acordo com o líder da oposição, a ideia de recorrer ao ministro da Defesa surgiu com a suposta recusa do governo do estado em dialogar com a oposição sobre o Pacto Pela Vida. Ele conta que a bancada protocolou no dia 7 de outubro um requerimento de audiência com o governador Paulo Câmara para levar ao chefe do Executivo estadual um conjunto de propostas para o programa. Segundo o deputado, mais de um mês se passou sem resposta.
“Se percebe que o governo perdeu completamente as condições de gerir um programa que, num primeiro momento, foi muito importante para a sociedade. Nos três primeiros anos, houve uma redução na criminalidade, mas, infelizmente, por conta de uma descontinuidade de um conjunto de políticas públicas, a violência tem crescido consideravelmente no nosso estado”, criticou o deputado.
Procurado pelo G1, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Waldemar Borges, disse não saber da solicitação da oposição para uma audiência com o governador. No entanto, ele alegou que a bancada assinou um requerimento de comum acordo sobre o Pacto Pela Vida, votado no plenário da Alepe na terça-feira (8). Segundo o parlamentar governista, o próprio líder da oposição se disponibilizou a colaborar para buscar soluções para o programa.

“Da nossa parte, não houve nenhum obstáculo para essa discussão. O que existe é uma profunda torcida da oposição para que o Pacto dê errado. Foi votado no plenário um requerimento de comum acordo. É lamentável que, no dia seguinte, ele venha relatar algo que protocolou em silêncio”, encerrou Borges.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

NOTÍCIA | ENTREVISTA

Novo presidente da Funase critica violência de agentes socioeducativos


Roberto França assume a presidência da Funase em meio a rebeliões e cortes no orçamento
Publicado em 07/11/2016, às 17:36
Rádio Jornalfun
Foto: Reprodução/ Google Street View

Na coluna A Cidade e O Cidadão, desta segunda-feira (7), Graça Araújo e Felipe Vieira abordaram a situação das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Para falar sobre o assunto, a coluna ouviu Roberto Franca, novo presidente da Funase
Neste ano, cerca de 14 menores foram assassinados dentro das unidades. Em 2015, 40% do orçamento da Funase foi retirado pela gestão do atual governador Paulo Câmara. 
Roberto França assegura uma maior agilidade na resposta e diz que pretende buscar parceiros que, segundo ele, são importantes para o trabalho da Funase. “Já anunciei e pretendo essa semana agendar com o presidente da OAB, com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, as entidades que trabalham nessa área, as secretarias que podem nos ajudar”, contou. 
O novo presidente disse que assumiu o posto sem ódio, sem medo e sem vergonha. “Pretendo pedir ajuda a todos para que a gente possa aperfeiçoar esse trabalho da Funase”, disse. 
Confira os detalhes na coluna: 

Uma das críticas ao sistema, é a falta de controle dos jovens e a ausência de atividades que ajudem na recuperação dos menores. Segundo ele, é importante um sistema mais eficaz de educação e de profissionalização dos menores. 
Sobre a ressocialização dos jovens, ele reconhece que muitos voltam para o internamento após receberem a liberdade. "Cabe a nós reduzir a probabilidade de eles cometerem novos delitos ao saírem", disse. "Eu gostaria de ter um número menor de internados para que a gente pudesse trabalhar melhor essa ressocialização", completou. 
Com relação aos abusos cometidos por agentes socioeducativos, o presidente da Funase foi crítico. "Esses agentes, muitos deles não têm perfil para estarem nessa função", comentou. Ele disse que prefere se reunir com os agentes para discutir as práticas abusivas que são constantemente denunciadas para buscar uma solução, mas pondera que alguns internos são perigosos.

PM destrói quebra-molas construídos por traficantes para impedir acesso de viaturas

 
Equipes da Polícia Militar destruíram, na tarde desta segunda-feira (7), quebra-molas construídos por traficantes para impedir o acesso de agentes da Segurança Pública na Grota do Cigano, localizada no bairro do Jacintinho, na parte alta de Maceió.
Segundo informações do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciops), foram destruídos três quebra-molas na entrada da Grota que fica no bairro de Mangabeiras. Após os trabalhos de remoção, militares do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE) retornaram ao local porque traficantes colocaram novamente os três quebra-molas. 
Não houve registro de presos. 

Comércio inicia contratações para fim do ano; confira onde há oportunidades

Publicado por Bianca Bion às 20:47
Comércio inicia contratações de fim de ano. Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Comércio inicia contratações de fim de ano. Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Quem está desempregado e deseja se recolocar no mercado de trabalho tem no fim deste ano cerca de sete mil oportunidades de garantir uma renda e, quem sabe, começar 2017 com carteira assinada. Estimativas da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL-Recife) apontam que este será o número médio de vagas geradas em toda a Região Metropolitana, em função do aquecimento do comércio durante as festas de fim de ano.
Apesar do cenário econômico desfavorável, a data continua sendo a mais rentável do ano para o varejo. Os contratos realizados nesta época costumam durar até janeiro ou fevereiro, acompanhando também o crescimento das vendas no Carnaval.
Esperança para quem está sem ocupação há muito tempo, a vaga temporária pode ser um caminho para a efetivação. Isso se o profissional souber como se destacar.
LEIA TAMBÉM
Uma das empresas que vai contratar no Estado é a rede de calçados Esposende, que está demandando cerca de 620 profissionais para os cargos de vendedor, estoquista e caixa. “Estamos buscando pessoas comunicativas, que saibam vender e também entendam um pouco de moda”, diz o diretor comercial da rede, Ernani Magalhães.
Anualmente, a Esposende emprega cerca de 20% dos seus temporários de fim de ano. “Temos profissionais conosco que começaram como temporários no cargo de vendedor e hoje são coordenadores de vendas. Por isso, queremos que os temporários tenham vontade de crescer”, completa.
Outras oportunidades estão sendo oferecidas pela Moraes Recursos Humanos (MRH), também na área de comércio, em setores como calçados, vestuário e acessórios. “Temos muitas oportunidades, mas os contratos estão mais curtos, com duração média de um mês”, diz o professor Moraes, responsável pelo RH. Ao todo, são 704 chances ofertadas. Por questões contratuais, a identidade das empresas não pode ser divulgada, mas o RH disponibiliza um site para os candidatos interessados nas vagas.

CONTRATAÇÃO DEFINITIVA

De acordo com o gerente da recrutadora Randstad no Recife, Fábio Ozório, muitas empresas utilizam o período de festas natalinas como um laboratório para realizar contratações futuras. Diferente do que acontece em um processo seletivo regular – geralmente composto por análise de currículo, entrevista e dinâmicas de grupo – na contratação temporária, o recrutador pode conhecer o comportamento do profissional na prática.
“É a chance de testar a pessoa. Tanto que muitas lojas seguram suas contratações até chegar o fim do ano, com objetivo de observar melhor o novo colaborador antes de efetivá-lo”, diz.
Quem está em busca do primeiro emprego também pode ter vantagem, pois a facilidade de se destacar é maior do que em meio a um processo seletivo regular com candidatos mais experientes. “A dica é não achar que é apenas o emprego temporário, e demonstrar energia, pontualidade, comprometimento e vontade de crescer dentro da empresa”, completa.
Ao final do contrato, Ozório também orienta que o colaborador converse com o gestor sobre a possibilidade de efetivação, caso tenha desempenhado um bom trabalho.

fonte ne10
Enem_GOVBA

MPF no Ceará pede anulação da redação do Enem

Publicado por Rafael Paranhos em ENEM às 20:21
Estadão Conteúdo – O Ministério Público Federal no Ceará entrou com uma ação na Justiça Federal para que a prova de Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja anulada. Segundo o MPF, “o vazamento do tema da avaliação violou o tratamento isonômico que dever ser assegurado aos candidatos”.
Na ação contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o procurador da República Oscar Costa Filho pede ainda liminar para “suspender os efeitos da validade jurídica da prova de Redação até o julgamento do mérito”, segundo informações do MPF.
O procurador também sustenta que o tema da Redação apareceu em publicação do Ministério da Educação (MEC) divulgada em 2015 para desmentir boato sobre prova naquele ano. Sobre este caso, o ministro da Educação, José Mendonça Filho, negou que tenha havido vazamento da prova e atribuiu a uma suposta “rede de informações falsas”, que seria sustentada por “partidos políticos” de oposição ao governo federal, a denúncia de que o tema da Redação no Enem de 2016 teria vazado antes da realização da prova.
Operações da Polícia Federal realizadas no domingo, 6, prenderam candidatos que teriam tido acesso ao tema da Redação. No Ceará, um secretário municipal de Saúde levava no bolso da calça um texto pronto sobre o tema. Segundo a delegada da PF Fernanda Coutinho, é possível que ele tivesse acesso ao gabarito e ao tema antes do início da prova.
Em Macapá, um candidato foi abordado pelos policiais federais que encontraram em um de seus bolsos um texto com o tema da Redação. Levado para a sede da Polícia Federal, o homem confessou que foi fazer a prova já sabendo o tema da Redação, que lhe foi passado por uma amiga.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

SAÚDEMundo tem 73 países com zika e 26 com casos de microcefaliaDesde 2007, 73 países registraram a transmissão do vírus. Desses 67 foram alvo de surto desde 2015

Por: AE
Publicado em: 06/11/2016 17:32 Atualizado em:

Um ano depois da primeira identificação do surto de zika no Brasil, a OMS ainda não tem respostas para a maioria dos desafios ou novos instrumentos para lutar contra o vírus. Mas tem certeza de que a doença chegou para ficar e que governos e sua própria estrutura terão de trocar uma estratégia de emergência contra a microcefalia por uma resposta de longo prazo para ajudar as famílias afetadas.

Desde 2007, 73 países registraram a transmissão do vírus. Desses 67 foram alvo de surto desde 2015. Mas em pelo menos sete deles a situação aponta para uma crise endêmica. Em 12 países, a OMS identificou a transmissão de pessoas para pessoas, numa indicação do poder do vírus em contaminar por meio do contato sexual.

Nesse mesmo período, 26 países registraram um salto em casos de microcefalia e outras más-formações "potencialmente associadas com o zika". Na semana passada, os últimos a registrar casos de microcefalia foram Bolívia, Trinidad e Tobago e Vietnã. Em 19 países, o aumento de casos foi da Síndrome de Guillain-Barré.

Considerando ser "impossível" medir todas as pessoas contaminadas pelo vírus, a OMS se limita a contar os casos de microcefalia e de Guillain-Barré. Assim, até quarta-feira, a organização somava 2.257 casos de microcefalia pelo mundo. Cerca de 10% deles aconteceram fora do Brasil. O País lidera a lista, com 2.079 casos, ante 54 da Colômbia e 28 nos EUA.

Para a OMS, não há dúvidas de que a proliferação vai continuar e que o vírus "se instalou" de fato em países tropicais. Isso, na avaliação dos especialistas da entidade, vai exigir uma mudança no comportamento da resposta e até mesmo dos serviços de saúde dos países atingidos. "Teremos zika em todos os países que registrarem a presença de mosquito", disse Monika Gehner, porta-voz da OMS.

A OMS sugere que, a partir de agora, a meta não seja apenas a de parar o mosquito. Mas preparar os serviços de saúde para uma resposta de longo prazo para atender crianças afetadas, além de suas famílias.

Dúvidas

Um ano após iniciar o trabalho, porém, a OMS está sem resposta para quase todos os aspectos da doença. Não há, por exemplo, respostas sobre as linhagens do vírus e por que em locais como o Brasil os casos de microcefalia explodiram e, em outros, não. "Estamos vendo um número cada vez maior de casos na Ásia e indicando que qualquer que seja a linhagem, os problemas serão identificados", indicou Monika.

Ela admite, por exemplo, que até hoje a organização não tem uma resposta a dar sobre o motivo pelo qual os casos de microcefalia no Brasil deram um salto importante, enquanto na Colômbia a taxa é muito menor. Documentos obtidos pelo Estado apontam que a OMS quer, até o final de 2017, intensificar investigações para tentar entender qual é de fato o impacto do vírus em fetos e recém-nascidos.

Estão em falta os instrumentos para parar a doença. Produtos contra o mosquito Aedes aegypti não seriam suficientes. Duas vacinas já começaram a passar por testes, mas sua comercialização ainda não tem data e, na melhor das hipóteses, estariam no mercado em 2018. "Podemos levar mais dois ou três anos para ter uma vacina", disse Monika.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/mundo/2016/11/06/interna_mundo,673752/mundo-tem-73-paises-com-zika-e-26-com-casos-de-microcefalia.shtml

Sem reforma,Previdência irá dragar receita da União

Pelo que indicam as primeiras projeções, fixar um limite para os gastos públicos terá o poder de escancarar as distorções da Previdência
Publicado em 06/11/2016, às 10h22
Sem a reforma da Previdência, o gasto mais que dobra o INSS consome 42% da receita líquida da União / Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Sem a reforma da Previdência, o gasto mais que dobra o INSS consome 42% da receita líquida da União
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Estadão Conteúdo

Pelo que indicam as primeiras projeções, fixar um limite para os gastos públicos terá o poder de escancarar as distorções da Previdência. O projeto de emenda constitucional que põe um freio no crescimento das despesas, a PEC do Teto, ainda está em avaliação no Senado, mas estimativas que consideram a sua aplicação mostram que o INSS vai dragar o orçamento com uma velocidade olímpica. Sem a reforma da Previdência, o gasto mais que dobra o INSS consome 42% da receita líquida da União. Lá na frente, vai drenar 87%.
"O Estado vai funcionar quase que exclusivamente para pagar pensões e aposentadorias caso não se faça uma reforma da Previdência - se não uma reforma completa, ao menos mudanças de regras que possam frear o gasto", diz o economista Paulo Tafner, especialista no tema. Ele montou várias projeções, sem e com mudanças de regras, até 2060. Nesse exercício, fica claro que não fazer nada é o pior dos mundos, fixar a idade mínima seria um ganho, mas que nada substitui uma reforma ampla. Nos seus cálculos, não entraram os gastos com as aposentadorias de servidores públicos federais, estaduais e municipais.
Segundo Tafner, nem seria necessário ir tão longe no tempo para ver que as despesas previdenciárias são desmedidas. Hoje, as pensões por morte, por exemplo, somam R$ 106 bilhões - valor que equivale a todo o gasto com saúde. A aposentadoria rural por idade leva R$ 66 bilhões - 50 vezes o investimento em saneamento A aposentadoria urbana por idade custa R$ 51 bilhões - sete vezes o gasto do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Como os números são eloquentes, já há um certo entendimento de que é preciso alguma mexida na Previdência. A questão é fechar o quê e como. O governo fez vários ajustes na proposta de reforma, mas não bateu o martelo sobre o melhor momento para enviá-la ao Congresso - neste ou no próximo ano. Sabe que o texto deve ser acompanhado de um trabalho de convencimento. 
"O desafio do governo será comunicar com clareza o tamanho do problema para que consiga adotar o maior número de medidas possíveis", diz o economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Levantamento realizado pelo Estado mostra que a tarefa será complicada, mas não impossível: centrais sindicais e confederações patronais estão abertas a negociações 

Custos e Recursos 

O especialista em finanças públicas Raul Velloso reforça que há outro motivo, além do custo, para que se faça a reforma o conceito de orçamento da seguridade social, previsto na Constituição. Ele garante recursos para saúde, Previdência e assistência social, diz Velloso.

fonte ne10