terça-feira, 8 de novembro de 2016

NOTÍCIA | ENTREVISTA

Novo presidente da Funase critica violência de agentes socioeducativos


Roberto França assume a presidência da Funase em meio a rebeliões e cortes no orçamento
Publicado em 07/11/2016, às 17:36
Rádio Jornalfun
Foto: Reprodução/ Google Street View

Na coluna A Cidade e O Cidadão, desta segunda-feira (7), Graça Araújo e Felipe Vieira abordaram a situação das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Para falar sobre o assunto, a coluna ouviu Roberto Franca, novo presidente da Funase
Neste ano, cerca de 14 menores foram assassinados dentro das unidades. Em 2015, 40% do orçamento da Funase foi retirado pela gestão do atual governador Paulo Câmara. 
Roberto França assegura uma maior agilidade na resposta e diz que pretende buscar parceiros que, segundo ele, são importantes para o trabalho da Funase. “Já anunciei e pretendo essa semana agendar com o presidente da OAB, com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, as entidades que trabalham nessa área, as secretarias que podem nos ajudar”, contou. 
O novo presidente disse que assumiu o posto sem ódio, sem medo e sem vergonha. “Pretendo pedir ajuda a todos para que a gente possa aperfeiçoar esse trabalho da Funase”, disse. 
Confira os detalhes na coluna: 

Uma das críticas ao sistema, é a falta de controle dos jovens e a ausência de atividades que ajudem na recuperação dos menores. Segundo ele, é importante um sistema mais eficaz de educação e de profissionalização dos menores. 
Sobre a ressocialização dos jovens, ele reconhece que muitos voltam para o internamento após receberem a liberdade. "Cabe a nós reduzir a probabilidade de eles cometerem novos delitos ao saírem", disse. "Eu gostaria de ter um número menor de internados para que a gente pudesse trabalhar melhor essa ressocialização", completou. 
Com relação aos abusos cometidos por agentes socioeducativos, o presidente da Funase foi crítico. "Esses agentes, muitos deles não têm perfil para estarem nessa função", comentou. Ele disse que prefere se reunir com os agentes para discutir as práticas abusivas que são constantemente denunciadas para buscar uma solução, mas pondera que alguns internos são perigosos.