quarta-feira, 30 de novembro de 2016

29/11/2016 10h22 - Atualizado em 29/11/2016 15h40

Família de capitão da Chapecoense




 ainda tem esperança de ele estar vivo



'Meu irmão me criou como pai. Ele é tudo para mim', diz irmão de jogador.
Marinalva Santana, mãe de Cleber, foi levada para hospital de Olinda.

Thays EstarqueDo G1 PE
A família do capitão da Chapecoense, Cleber Santana, ainda tem esperanças de que ele seja encontrado vivo. Cleber é um dos dois pernambucanos que estão na lista oficial de passageiros do voo que transportava a delegação da Chapecoense para Medelin, na Colômbia. O avião da LaMia, matrícula CP2933, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29).
"Estamos muito tristes e pensando em tudo, mas temos fé, esperança que ele vai sair com vida disso", afirma o irmão do atacante, Cleidson Santana, que conversou com a imprensa diante da casa da família, no bairro de Ouro Preto, em Olinda.
Cleber Santana irá almoçar com a família nesta sexta (Foto: Diego Madruga)Cleber Santana tem 36 anos e é pai de dois filhos
(Foto: Diego Madruga)
Ele ficou sabendo da notícia quando acordou por volta das 5h. "Vim para casa da minha mãe na hora. Cheguei e a vi abraçada com parentes, chorando muito. Não tive nem coragem de falar com ela sobre o que aconteceu ainda", explica. A mãe de Cleber, Marinalva Santana, ficou muito abalada ao saber da notícia e foi levada pela família a um hospital particular com suspeita de pico hipertensivo.
Cleidson conta ainda que o capitão da Chapecoense é como um pai para ele. "Nosso pai morreu cedo. Meu irmão me criou como pai. Ele é tudo para mim. Um exemplo de vida e de pessoa", resumiu. A casa da família virou ponto de encontro e de informações para parentes e amigos de Cleber.
Casa da mãe do capitão do Chapecoense vira ponto de encontro e de informações para parentes e amigos de Cleber Santana no Grande Recife (Foto: Thays Estarque/G1)Casa da mãe do capitão do Chapecoense vira ponto de encontro e de informações para parentes e amigos de Cleber Santana Foto: Thays Estarque/G1)
O capitão do time tem 36 e é pai de dois filhos, um de 14 e outro de 11 anos. Nascido em Abreu e Lima, no Grande Recife, Cleber deu início a sua carreira no Sport Clube do Recife. Antes do Chepecoense, onde está há dois anos, ele jogou pelo Vitória, Santos, São Paulo, Atlêtico Paranaense, Avaí, Flamengo, Criciúma, o japonês Kashiwa Reysol, e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca.

VEJA A LISTA DE PASSAGEIROS E TRIPULANTES DO AVIÃO
Amigo de Cleber há mais de 15 anos, Marcos Júnior relembra a última conversa que teve com o amigo, que era quase um irmão para ele, na tarde da segunda-feira (28). "Desejei boa viagem e disse que ele ia fazer história mais uma vez. Cleber estava na melhor fase da sua vida. Infelizmente, fomos pegos de surpresa", lamentou. 
Ele coleciona títulos como Campeonato Pernambucano e Nordeste pelo Sport, Campeonato Baiano e Taça Estado da Bahia pelo Viória, Campeonato Paulista pelo Santos, Liga Europa e Copa Intertoto da EUFA pelo Atlético de Madrid, Campeonato Catarinense pelo Avaí e Chapecoense, além de Melhor jogador do Campeonato Catarinense em 2012.
Kempes, Chapecoense (Foto: Reprodução/RBS TV)Kempes é natural de Carpina, na Mata Norto de
PE (Foto: Reprodução/RBS TV)
O outro pernambucano que cosnta na lista oficial dos que estavam no avião é o atacante Everton Kempes, natural de Carpina, na Mata Norte do estado. O G1 tenta localizar a família do jogador.
Com 34 anos, ele  tem passagem pela Portuguesa, pelo Vitória, Ceará, América Mineiro, e pelos japoneses Cerezo Osaka e JEF United Ichihara Chiba. Ele disputaria a final da Copa Sul-americana com a camisa do Chapecoense.

O acidente
Segundo a imprensa local, a aeronave com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.

O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión. Anteriormente, a imprensa colombiana informou possível falta de combustível como causa do acidente. Mas a mídia local informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.

Segundo a rede de TV Caracol, da Colômbia, a aeronave sumiu do radar entre La Ceja e Abejorral.
Uma operação de emergência foi ativada para atender ao acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu muito a visibilidade.
Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.
Final de campeonato
O time da Chapecoense embarcou para a Colômbia na noite de segunda (28), para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente, a delegação embarcou em um voo comercial de São Paulo até a Bolívia. Lá, o grupo pegou um voo da LaMia.
Em comunicado, o clube de Santa Catarina informou que espera pronunciamento oficial da autoridade aérea colombiana sobre o acidente.
Em seu perfil no Twitter, o Atlético Nacional lamentou o acidente e prestou solidariedade à Chapecoense: "Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal pelo acidente ocorrido e espera informação das autoridades".
O primeiro jogo da decisão, marcado para esta quarta-feira (30), foi cancelado, segundo a  Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). A CBF adiou a final da Copa do Brasil, entre Grêmio e Atlético Mineiro, que também estava prevista para quarta-feira.
O Itamaraty, pelo telefone, informou que a embaixada do Brasil em Bogotá está em contato com as autoridades colombianas para obter informações sobre o acidente. A assessoria informou que as notícias ainda chegam desencontradas.
O Ministério das Relações Exteriores vai esperar um posicionamento oficial sobre vítimas e circunstâncias do acidente para se pronunciar. Está previsto que divulguem uma nota oficial ainda agora de manhã. O embaixador em Bogotá se chama Julio Bitelli.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

28/11/2016 14h37 - Atualizado em 28/11/2016 14h37

Adolescentes disputavam liderança de 





tráfico com adultos na Mata Norte



Uma das quadrilhas investigada tinha a participação de quatro rapazes.
A polícia ainda procura um dos suspeitos investigados na 'Operação Coroa'.

Do G1 PE
Delegados Vladimir Lacerda e Nehemias Falcão (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Delegados Vladimir Lacerda e Nehemias Falcão (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil de Pernambuco detalhou, nesta segunda-feira (28), a prisão de 20 pessoas que integravam duas quadrilhas rivais de tráfico de drogas, em São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco. De acordo com o delegado Vladimir Lacerda, um dos responsáveis pela investigação, as seis mortes ocorridas no curso da investigação ocorreram por causa da disputa territorial entre dois grupos. De um lado, adolescentes e de outro, adultos.
Na 'Operação Coroa', deflagrada na sexta-feira (25), foram expedidos 21 mandados de prisão e nove de busca e apreensão. Um dos suspeitos, de 18 anos, ainda não foi encontrado.
“A quadrilha que já estava instalada praticava apenas o tráfico, enquanto a outra, que começou a disputar território com a primeira, praticava homicídios e roubos na região”, disse o delegado Vladimir Lacerda.
As investigações começaram há cerca de 11 meses, após o assassinato de um casal de radialistas evangélicos, que denunciavam em um programa de rádio a falta de segurança em São José da Coroa Grande. Também foram realizadas diligências nas cidades de Caruaru, no Agreste, Maraial, na Mata Sul, e em Porto Calvo, em Alagoas.
Ao longo das investigações, foram apreendidas três armas, 58 projéteis, 255 gramas e 179 trouxinhas de crack, 5,350 quilos e 60 papelotes de maconha, além de três motos roubadas. Assim como os menores de idade, as mulheres que integravam o grupo tinham o papel de fazer o levantamento antes das ações criminosas, sem levantar suspeitas.
Todos os homens maiores de idade foram encaminhados ao Cotel, enquanto as duas mulheres foram para a Colônia Penal Feminina do Recifex e os quatro menores de idade à Fundação de Atendimento Socioeducativo de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Os suspeitos foram autuados por associação para o tráfico, tráfico de drogas, homicídios e roubos.
Efetivo
Ao todo, foram empregados 60 policiais civis na ação. Ainda de acordo com o balanço divulgado pelo delegado Vladimir, com a operação, foram evitados seis homicídios, que teriam sido praticados pelas quadrilhas. A operação foi deflagrada na última quarta-feira (23), pela Delegacia de São José da Coroa Grande, com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
28/11/2016 11h17 - Atualizado em 28/11/2016 12h38

Grupo que arrombava caixas praticava





dois crimes por mês em PE, diz polícia



Polícia apresentou, nesta segunda (28) balanço da 'Operação Chapa Quente'.
Entre os detidos, na sexta-feira (25), estão suspeitos de Santa Catarina.

Pedro AlvesDo G1 PE
Material foi apreendido com suspeitos de arrombar caixas eletrônicos (Foto: Ascom Polícia Civil de Pernambuco)Material foi apreendido com suspeitos de arrombar caixas eletrônicos (Foto: Ascom Polícia Civil de Pernambuco)
A Polícia Civil de Pernambuco divulgou, nesta segunda-feira (28), o balanço da 'Operação Chapa Quente', que desarticulou uma quadrilha suspeita de arrombar caixas eletrônicos usando maçaricos. De acordo com o delegado de Repressão aos Roubos e Furtos, Vinicius Notari, o grupo chegava a praticar dois assaltos por mês. Ao menos 14 investidas são relacionadas ao grupo.

Ao todo, foram presas oito pessoas e outras três ainda estão foragidas, sendo que a polícia tem apenas a qualificação de uma delas é pediu ajuda à população para identificar as outras.Integrantes do grupo são de Santa Catarina, no Sul do País.
Segundo a polícia, entre vas ações criminosas estão os assaltos ao Banco do Brasil de Vicência, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, em 21 de março deste ano, e ao Banco do Brasil de Moreno, no Grande Recife, em outubro de 2015. A operação foi deflagrada na sexta-feira (25). 
Segundo o delegado, eles é que tinham o conhecimento técnico. Para a polícia, Joinville, naquele estado, é uma cidade bastante industrial e, por isso, muita gente vem de lá pra treinar outros suspeitos em Pernambuco.
As investigações tiveram início há cerca de cinco meses. A polícia chegou a prender quatro suspeitos no dia 28 de julho deste ano, quando a quadrilha tentou roubar o caixa do banco Santander de Bezerros, no Agreste.
Em um táxi, logo após a investida, a polícia também encontrou dois homens, que davam suporte à ação e carregavam equipamentos utilizados na investida, como maçarico e furadeira de fixação magnética.
De acordo com Vinícius Notari, quando somadas, as penas referente aos 14 assaltos chegam a mais de 30 anos de prisão.
Balanço
De acordo com o delegado Paulo Berenguer, titular da Delegacia de Roubos e Furtos, foram presas 88 pessoas, apenas neste ano, suspeitas de envolvimento com investidas criminosas a instituições financeiras. Foram desarticuladas 13 quadrilhas e houve o indiciamento de mais de 270 pessoas, também suspeitas de praticar esse tipo de crime.

28/11/2016 13h08 - Atualizado em 28/11/2016 13h32

Ainda em novembro, número de





 homicídios supera o de 2015 em PE


Até dia 22 deste mês, foram 3.902 assassinatos, de acordo com secretaria. 
Durante o ano passado inteiro, foram registrados 3.888 crimes contra a vida.

Thays EstarqueDo G1 PE
Tentativa de assalto terminou em morte na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)SDS classificou dados como 'inaceitáveis para as instituições que compõem a segurança pública em Pernambuco' (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Ainda falta mais de um mês para acabar o ano de 2016, mas o número de homicídios em Pernambuco já ultrapassou o total registrado em 2015. Até o dia 22 deste mês, último balanço divulgado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em sua página na internet, foram 3.902 crimes contra a vida. Durante o ano passado inteiro, foram contabilizados 3.888 homicídios. Em nota, a SDS classificou os dados como “inaceitáveis para as instituições que compõem a segurança pública em Pernambuco”.

Outubro, por exemplo, foi o mês mais violento desde agosto de 2008. Do dia 1º ao 31 foram 451 homicídios. Só entre os dias 28 de outubro e 22 deste mês ocorreram 354 homicídios. De acordo com os números apresentados, a média bate os 354 homicídios por mês. São 11 crimes violentos letais intencionais (CVLIs) por dia.

Nova direção
Há oito anos, o Pacto Pela Vida não enfrentava um número tão alarmante. O programa foi implantado em 2007 pelo governo do estado para reduzir, mensalmente, em 12% o índice de homicídios. O único mês que apresentou menor número neste ano foi fevereiro, com 307.

Com 192 crimes, de abril a setembro deste ano, Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, ficou em primeiro lugar no ranking de assassinatos. O segundo lugar ficou comCaruaru, no Agreste, 186 homicídios. Já o terceiro foi ocupado pela área de Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte, com 151 crimes contra a vida, neste período.
Em outubro deste ano, o secretário Alessandro Carvalho deixou o comando da SDS para ser assessor especial do governador Paulo Câmara (PSB). A cadeira e a missão de reduzir os índices de violência ficou com o delegado da Polícia Federal Angelo Gioia.
Assim que assumiu o cargo, Gioia reafirmou a promessa de retomar a segurança no estado. Ele chegou a dizer, em entrevista, que o programa Pacto pela Vida continua sendo um instrumento importante para combater o crime.
Ainda em nota, a SDS diz que já colocou um conjunto de ações para tentar mudar a situação. “São medidas estruturantes, com aumento da ostensividade e do trabalho de investigação, que darão respostas aos anseios da sociedade”, comenta ao mencionar a última operação integrada com as polícias militar e civil, além do Corpo de Bombeiros.

“Na última quarta-feira [23], por exemplo, as polícias Militar e Civil, na operação Polícia nas Ruas, com reforço de 2,5 mil agentes, prenderam um total de 160 pessoas, a maioria com acusações de homicídios”, aponta o texto.

A pasta explica as ações estão divididas em três áreas estratégicas: operacional, efetivo e investimentos. Uma das mendidas é a “implantação, ainda este ano, do 25º Batalhão de Polícia Militar, em Jaboatão dos Guararapes. Com isso, o município passará a contar com dois batalhões”, cita.
28/11/2016 15h22 - Atualizado em 28/11/2016 21h34

Pernambuco tem 911 obras paradas, 




aponta levantamento do TCE



Relatório traz dados sobre obras estaduais e também das prefeituras.
Contratos estagnados totalizam mais de R$ 5 bilhões em diversas áreas.

Wagner SarmentoDa TV Globo
O estado de Pernambuco tem 911 obras paradas pelo menos desde o ano passado. São obras dos governos municipais e também estadual. Quem crava é o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em levantamento divulgado na tarde desta segunda-feira (28), baseado em fiscalizações e na prestação de contas de órgãos estaduais e municipais referente a 2015. [Veja vídeo acima]

Os contratos estagnados totalizam mais de R$ 5 bilhões em serviços de infraestrutura, mobilidade, saúde, educação, moradia, abastecimento de água e saneamento básico, entre outros. Desse total, R$ 1,7 bilhão já foi pago. E o benefício ainda não chegou à população.
“A grande preocupação do Tribunal de Contas é quanto aos recursos que já foram pagos e que ainda não chegaram ao objetivo, que não chegaram a atender às necessidades da população. É uma realidade motivada pela situação atual do País, por esse contexto de crise econômica e é assustador”, afirma o auditor e autor do diagnóstico do TCE, Pedro Teixeira.
O número evidencia mais que o dobro da quantidade de obras paradas denunciadas no último relatório do TCE, que apontava 419. Dos 184 municípios pernambucanos, 123 estão com “obras paralisadas ou com fortes indícios de paralisação”, de acordo com o relatório que está na sua quarta edição.
Navegabilidade Capibaribe (Foto: Reprodução / TV Globo)Navegabilidade Capibaribe consta no relatório de 2015 do TCE (Foto: Reprodução / TV Globo)
A campeã em quantidade de obras paradas é a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), com 36. Em seguida, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), com 27. Quando o referencial é o valor dos contratos, a Secretaria das Cidades aparece com 12 obras estruturadoras no valor de R$ 1,135 bilhão.
G1 entrou em contato com os órgãos citados, além da assessoria do governo do estado, mas não obteve resposta. A assessoria da Compesa informou que não pode comentar o assunto no momento.
Obras
Duas delas se referem ao projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe: o serviço de dragagem, que começou e não foi finalizado, e a implantação das sete estações fluviais, que sequer foi iniciada. Lançado com pompa em 2012, com a promessa de ficar pronto antes da Copa do Mundo e representando um investimento de R$ 289 milhões, o projeto simboliza o abandono que dá o tom do relatório do TCE.
A reportagem da TV Globo esteve em vários pontos da obra, em maio do ano passado e novamente este ano, e não encontrou máquinas nem funcionários trabalhando no modal de transporte público alternativo que prometia atender cerca de 300 mil passageiros por mês em 13 embarcações e duas rotas. Havia apenas tapumes, mato alto, lixo e focos de criação e reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Terminal IV Perimetral Recife (Foto: Thays Estarque/G1)G1 esteve em abril no Terminal IV Perimetral Recife; obra é uma das paralisadas, segundo relatório do TCE  (Foto: Thays Estarque/G1)
Há outras obras da Secretaria das Cidades que se encontram estagnadas, como o Ramal Cidade da Copa e a finalização do Corredor Leste-Oeste. Os terminais integrados da 3ª e 4ª Perimetral, na Avenida Caxangá, deveriam estar prontos há mais de dois anos. Seguem inacabados, sem nenhum serviço e sofrendo com as ações do tempo. O G1 esteve por lá em abril e se deparou com materiais de construção espalhados, lixo, focos de Aedes aegypti e muitos cigarros, tubos de cola e roupas velhas.
Outra obra que consta no relatório do TCE é o Laboratório de Genética Forense, de responsabilidade da Secretaria de Defesa Social (SDS). A construção teve início em 21 de dezembro de 2012 e deveria ter sido finalizada em 20 de abril do ano seguinte. Está parada desde 7 de janeiro de 2014.
No âmbito da Secretaria Executiva de Ressocialização, o presídio de Araçoiaba, anunciado para junho de 2015 e com 3.500 vagas, continua inacabado, enquanto as penitenciárias do Estado convivem com a superlotação. A Secretaria Estadual de Saúde também é alvo do diagnóstico do TCE, com 10 obras paralisadas, entre as quais a reforma e ampliação dos hospitais Barão de Lucena, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas.
O diretor do Núcleo de Engenharia do TCE, Ayrton Alcoforado Júnior, explica que a principal finalidade do levantamento de obras paralisadas é pressionar os gestores públicos a retomar os serviços. “À medida que fazemos esse diagnóstico, fazemos um pedido de esclarecimento aos órgãos competentes e com isso a gente muitas vezes consegue retomar as obras. Esse é o nosso objetivo”, observa. “Uma obra sem fim é um recurso perdido. E esse órgão poder responsabilizado por isso”, arremata Alcoforado.
G1 entrou em contato com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) e segue tentando contato com os órgãos responsáveis pelas outras obras.
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